CRÉDITO: Cooperativas aderem à autogestão e discutem modernização do setor

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A tarde do último dia 27 de junho foi curta para os 40 dirigentes e técnicos das cooperativas de crédito do Paraná discutirem com profundidade todos os assuntos de interesse do crescimento do ramo crédito no Paraná. A reunião, convocada pelo coordenador do Conselho Especializado do Ramo Crédito (Ceco-PR) Manfred Dasenbrock, foi aberta pelo superintendente da Ocepar, José Roberto Ricken, e contou com a participação de Alcenor Pagnussat (Ceco-OCB), de Cenair Gomes da Silva, da Associação de garantia de Crédito da Serra Gaúcha; de Nelson Costa, superintendente adjunto da Ocepar; de Leonardo Boesche, gerente de Desenvolvimento Humano do Sescoop-PR, e de Gerson Lauermann, gerente de Desenvolvimento e Autogestão do Sescoop-PR.

Temas de interesse - O superintendente da Ocepar, José Roberto Ricken, discorreu sobre o programa de trabalho da Ocepar para todos os ramos do cooperativismo e ações visando encontrar solução ao problema do endividamento rural, que envolvem diretamente o presidente João Paulo Koslovski. Em seguida, foram discutidos assuntos diversos, como as pendências legais na legislação de apoio ao cooperativismo de crédito, a constituição da Confederação Nacional de Auditoria de Cooperativas, a perspectiva das cooperativas de crédito integrarem o Sistema S, as negociações sindicais e a Associação de Garantia de Crédito da Serra Gaúcha. Temas atuais, que despertaram grande interesse entre os participantes da reunião, oriundos dos sistemas Sicredi, Sicoob, Unicredi e das cooperativas não integradas a centrais.

Pendências legais – Coube ao coordenador do Conselho Especializado do ramo Crédito da OCB, Alcenor Pagnussat, comentar sobre as ações desenvolvidas pelo sistema visando resolver as 22 pendências legais relacionadas com o cooperativismo de crédito. A pendência mais importante é o deslocamento da contribuição de 2,5% sobre a folha de pagamento, hoje recolhida ao INSS, para o Sescoop, equiparando-as às demais cooperativas e dando-lhes o direito a utilizarem esses recursos para a formação profissional. Essa solução, que depende de alteração legal, tem o apoio do Presidente Lula e deverá se tornar realidade ainda esse ano. “É importante que cada dirigente pressione os parlamentares de sua região para que o assunto mereça prioridade”, aconselhou Pagnussat.

Autogestão no crédito – Os dirigentes aprovaram a proposta de implantação, pela Ocepar, do Programa de Monitoramento e Supervisão das Cooperativas de Crédito, que tem, entre outros objetivos, “padronizar a sistemática de monitoramento e orientação nas cooperativas de crédito, respeitando a particularidade de funcionamento de cada uma”. O programa vai contribuir para a melhoria contínua do processo de gestão dessas cooperativas, consolidando o processo de qualidade, credibilidade e transparência na gestão. O conselheiro do Sicoob Central Paraná, Luiz Ajita, também presidente da Sicoob Maringá, disse que aprovava a adesão de sua cooperativa ao programa, mas ressalvou que não houve tempo para obter a aprovação da sua implantação em todas as cooperativas do Sicoob Paraná, posição que será repassada brevemente. O representante da Credicoamo, Ricardo Accioly Calderari, fez um depoimento positivo sobre a importância do programa para as cooperativas de crédito, a exemplo do programa implantado junto às cooperativas agropecuárias.

Confederação de auditorias – Os sistemas cooperativos de crédito Unicred, Sicredi e Sicoob encerram, no dia 1º de agosto, a assembléia de constituição da Confederação Nacional de Auditoria de Cooperativas, aberta no último dia 14 de junho. A confederação atende as últimas instruções normativas baixadas pelo Banco Central sobre as auditorias em cooperativas. A confederação terá sede em São Paulo e escritórios regionais em Minas Gerais, Brasília e Rio Grande do Sul. Seu primeiro trabalho será a auditoria dos balanços das cooperativas de crédito de dezembro próximo.

Avaliação – Para o presidente da Central Sicredi/PR, Manfred Dasenbrock, a reunião foi produtiva, prestigiada e muito participativa. “Temas importantes foram deliberados como a implantação da Autogestão no Ramo de Crédito e outros temas relevantes. O Fórum instalado foi importante pois focou o desenvolvimento das cooperativas de todos os sistemas e as independentes”, disse Dasenbrock.

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