CRÉDITO DE CARBONO: Técnicos da Ocepar e da Holanda discutem projeto piloto

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 Técnicos da Ocepar, da Frimesa e da Ecobusiness se reuniram ontem (15/09) e hoje, em Curitiba, para dar continuidade ao projeto piloto que visa elaborar sistemas viáveis de inclusão dos pequenos e médios produtores de suínos no mercado de crédito de carbono através de projetos de MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo) entre suinocultores ligados a cooperativas paranaenses. O projeto “MDL para Pequenos e médios Produtores de Suínos”, foi aprovado pelo Ministério da Agricultura, Natureza e Qualidade de Alimentos dos Países Baixos, sendo coordenado pelo Instituto Aterra da Universidade de Wageningen dos Países Baixos. Será executado pela Ecobusiness, integrada por técnicos holandeses, e pela Ocepar, com apoio da cooperativa central Frimesa. Jorgen Leeuwenstein, da Ecobusiness, que está na Ocepar para definir aspectos técnicos dos projetos, disse que em dezembro estarão concluídos os estudos, com os resultados do projeto piloto e os modelos de projetos mais indicados economicamente.

Workshop em outubro – No próximo dia 19 de outubro será realizado um workshop, em Curitiba, com participação dos coordenadores do projeto, parceiros e cooperativas, visando a definição do projeto a ser implementado, estimativa de custos, número de produtores participantes e forma de implantação do MDL. Nessa reunião deverão ser definidos outros parâmetros, como o número mínimo de animais das granjas que poderão implantar esses projetos. O projeto final estará concluído em dezembro e a partir de então poderão ser buscados os financiamentos para implantação dos equipamentos de transformação dos dejetos suínos em gás, que poderá ser consumido nas próprias propriedades agrícolas.

Poluição ambiental – A atividade suinícola é considerada uma das principais fontes de poluição na produção animal. Uma granja com dez mil animais produz cerca de 600 toneladas de gás metano (CH4) por ano, que é jogado na atmosfera, contribuindo para o aumento do fenômeno chamado “efeito estufa”. Os países signatários do Protocolo de Kyoto se comprometeram a reduzir a emissão de gases do efeito estufa em 5% até o ano de 2012, quando o assunto será reavaliado. Com o objetivo de reduzir essa emissão, os signatários estão financiando a implantação de projetos em todo o mundo, principalmente em países em desenvolvimento.

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