CRÉDITO I: Empresas de fomento planejam abrir cooperativa

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Será realizada hoje (19/07) uma reunião entre a Associação Brasileira de Factoring (Abfac) e o Sistema de Crédito Cooperativo (Sicredi) para discutir a formação de uma cooperativa de crédito pelas empresas de fomento mercantil. Os representantes da Sicredi vão apresentar os pontos positivos e negativos da abertura de uma cooperativa de crédito. “Estamos estudando uma alternativa para baixar nossos custos, e a cooperativa pode ser uma delas”, afirma Antonio Carlos Donini, presidente da Abfac. Para Fábio Rafael Caneppele Ullmann, analista de desenvolvimento da área de Expansão e Marketing da Central Sicredi-SP , a principal vantagem de se abrir uma cooperativa de crédito é evitar as tarifas e juros do sistema bancário. “Caso eles decidam pela abertura, as factorings poderão fazer tudo que fazem nos bancos a um custo menor”. Ele destaca que os serviços de cobrança poderiam ser prestados pela própria cooperativa. Também seria possível investir recursos em fundos. “Temos o banco Sicredi, que disponibiliza todas estas opções aos associados”.

Alternativas - No entanto, Donini parece estar reticente em relação a esta alternativa. “A todo o momento, os nossos associados cobram alternativas que possam facilitar e baratear nossos negócios. Então, estamos estudando as alternativas existentes para esgotar o assunto. Mas sabemos que não é nada fácil formar e manter uma cooperativa de crédito”. O presidente da Abfac afirma que o governo e os bancos podem não aprovar a idéia. “Há várias dificuldades legais, porque fazendo uma cooperativa nós poderíamos emprestar dinheiro aos nossos clientes, o que poderia aproximar demais a atividade de fomento mercantil de uma instituição financeira. E são coisas completamente diferentes”, afirma. Ullmann confirma que, caso as factorings optem pela formação da cooperativa, elas teriam mais semelhanças com as instituições financeiras. “Mas em termos de custos e de competitividade, a formação de uma cooperativa seria muito positiva para o setor, que poderia ser uma alternativa às altas taxas que as pequenas empresas pagam aos bancos nas operações de crédito”. (Fonte: DCI)

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