CRISE ECONÔMICA: Entidades se reúnem com parlamentares e debatem a crise
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Lideranças do Paraná que integram o G-8, grupo de entidades do setor produtivo, estiveram reunidas nesta segunda-feira (15/12), na sede da Federação da Indústria do Estado do Paraná (FIEP) com deputados e senadores da bancada do Paraná no Congresso Nacional. Esta reunião, teve como pauta principal a crise econômica internacional e quais medidas precisam ainda ser tomadas para que o Brasil não sofra uma eventual recessão em sua economia. Esta preocupação foi manifestada pelas lideranças ao senador Osmar Dias e aos deputados federais: Dilceu Sperafico, Ricardo Barros, Marcelo Almeida, Eduardo Sciarra, Rodrigo Rocha Loures, Gustavo Fruet e Luiz Carlos Setin. Como entidade integrante do G-8, o Sistema Ocepar participou da reunião através do presidente João Paulo Koslovski. Marcaram presença no encontro os presidentes da Fecomércio, Darci Piana, Faciap, Ardison Akel, Fetranspar, Luiz Anselmo Trombini Sebrae-PR, Jéferson Nogaroli, e Carlos Augusto Albuquerque, representando a Faep.
Conjuntura - Segundo o presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, encontros como estes são importantes para que se discuta a questão conjuntural provocada pela crise internacional. "O governo já vem adotando uma série de medidas importantes para minimizar os efeitos provocados pela crise. São medidas que visa, principalmente, restabelecer o crédito, estimular o consumo e manter a confiança na economia brasileira. Precisamos, portanto, analisar os efeitos da crise por setor e, na medida do possível, colaborar com sugestões", afirma Koslovski. Para o líder cooperativista é hora de discutirmos a questão conjuntural da economia.
Impactos - Koslovski aproveitou o encontro na Fiep para falar sobre os impactos no setor do agronegócio. "A elevação das taxas de juros e a redução da oferta de recursos para financiamento de custeio, comercialização, exportações, capital de giro e investimento são pontos que nos preocupam neste momento. A oferta de crédito está praticamente travada, principalmente, para capital de giro, cujos juros passaram de 100% do CDI + 0,20% ao mês para 120% do CD + 1,00% de juros ao mês. Além disso, as taxas médias de juros para crédito rural de 8 a 9% ao ano praticadas no primeiro semestre de 2008, aumentaram para 15% a 22% ao ano no segundo semestre", destacou Koslovski.
Pontos prioritários - "Para minimizar os impactos, encaminhamos aos ministros Reinhold Stephanes (da Agricultura) e Paulo Bernardo (do Planejamento) alguns pontos prioritários e que, se efetivados, podem auxiliar o setor produtivo neste momento de crise", disse Koslovski. Estes pontos prioritários incluem: a reavaliação e liberação das garantias excedentes para utilização em novas operações de crédito (Securitização, Recoop e Pesa); Alocação de recursos de financiamento para capital de giro e ACC; medidas de apoio à comercialização (CPR, FRA, Contratos de Opção Pública, PROP, PEP, PEPRO, EGF E AGF); garantia de recursos para custeio da safra 2008/09; correção dos preços mínimos; formalização do Procap-Agro; direcionar recursos do BNDES às cooperativas agropecuárias e de crédito; agilizar a liberação dos créditos tributários junto ao governo; e um esforço e determinação para que os recursos cheguem na ponta mais rapidamente.