CRISE FINANCEIRA II: BC amplia regras do compulsório e libera mais dinheiro

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O Banco Central anunciou mais uma mudança nas regras dos depósitos compulsórios para ajudar os bancos brasileiros médios e pequenos. Essas instituições enfrentam dificuldade para conseguir empréstimos no exterior devido à crise internacional de crédito. Por meio do compulsório, os bancos são obrigados a depositar em uma conta no próprio BC parte dos recursos captados dos seus clientes nos depósitos à vista, a prazo ou poupança. Nas últimas semanas, medidas do BC liberaram o setor financeiro de alguns depósitos.

Venda de ativos - Agora, o BC ampliou as possibilidades para que esses bancos possam elevar o dinheiro que têm em caixa com a venda de ativos para bancos maiores. Além de vender a sua carteira de crédito e títulos dos seus fundos de investimentos, os bancos menores poderão vender outros ativos: 1) Títulos e valores mobiliários de renda fixa, adiantamentos e outros créditos de pessoas físicas e jurídicas não-financeiras; 2) Certificados de Depósito Interfinanceiro (CDI) e Certificados de Depósito Bancário (CDB), com garantia de ativos elencados no item 1 ou de operações de crédito. O banco grande que comprar esses ativos poderá abater o valor gasto, dentro dos limites fixados, na hora de fazer o recolhimento do depósito compulsório a prazo.

R$ 30 bilhões  - As regras para abatimento permanecem inalteradas, portanto, a estimativa do BC continua sendo a de injetar cerca de R$ 30 bilhões na economia com o desconto dado pela compra desses ativos. O compulsório é a parcela do dinheiro depositado pelos clientes que os bancos precisam recolher junto ao BC. Esse mecanismo ajuda a autoridade monetária a controlar a quantidade de dinheiro que circula na economia. A avaliação do governo é que os bancos maiores estão com dinheiro em caixa, mas preferem não emprestar para os bancos menores. A mudança feita pelo BC tem como objetivo corrigir essa distorção. O BC já anunciou mudanças nas regras dos depósitos compulsórios que devem colocar mais de R$ 100 bilhões na economia. conjunto com o BC, no rápido restabelecimento das condições de liquidez dos mercados", afirma o comunicado. (Folha Online)

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