CRISE NO CAMPO I: Ministro Paulo Bernardo comenta medidas e elogia Grupo de Trabalho
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O ministro, Paulo Bernardo, do Planejamento, Orçamento e Gestão afirmou nesta sexta-feira (16/06), durante visita a Ocepar, de que as medidas anunciadas pelo governo na semana passada são fruto do diálogo com a sociedade e o parlamento. “Eram medidas necessárias e que com certeza serão capazes de melhorar o conjunto de medidas que tinham sido anunciadas no plano de safra para aliviar a situação do agronegócio. Fica a prova de que nós, trabalhando em conjunto, setor produtivo, governo e congresso conseguimos aperfeiçoar, através do diálogo, uma série de coisas. Vários setores que tinham sido definidos, por exemplo, a prorrogação no caso do milho, que tinha ficado em 20%, aumentou para 35%. Isso é resultado de um trabalho conjunto”, lembrou.
Grupo de Trabalho – O ministro também fez questão de enaltecer o desempenho do Grupo de Trabalho, constituído através de uma solicitação dos ministros, da Agricultura e da Fazenda, com a missão de discutir o endividamento do setor rural, grupo este que contou com a presença do presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski que representou a OCB na comissão. Segundo Paulo Bernardo, o trabalho de todos os integrantes “foi importante não apenas pelos resultados que conseguimos, mas importante por esse caráter de estabelecer um diálogo”. Na opinião do ministro, este grupo deveria ser, se não permanente, “essa comissão deveria ser recorrente, ou seja, ser chamada constantemente esse tipo de diálogo, expor de maneira técnica, sem fazer proselitismo, sem discurso político. Acho que foi muito positivo”, salientou.
Mobilizações – Sobre as mobilizações realizadas pelos agricultores no sentido de alertar o governo para crise, o ministro disse que são legítimas e democráticas. “Eu acho que à medida que se avança através do diálogo, a manifestação tende a diminuir ou até acabar. As pessoas sabem que não temos condições de resolver tudo de uma única vez. Temos que manter o diálogo porque podemos ter mais problemas para frente”, destacou Bernardo.
Prodepar – O ministro Paulo Bernardo também aproveitou o encontro com o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski para tratar sobre o Programa de Infra-Estrutura e Desenvolvimento Agroindustrial (Prodepar) e que foi levado para conhecimento do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no dia 17 de maio, pelo ministro, pelo presidente da Ocepar e por dirigentes cooperativistas. Paulo Bernardo se diz empolgado com a idéia de que sejam investidos pelas cooperativas paranaenses R$ 3,5 bilhões em cinco anos. Segundo ele o assunto atrai pelo fato de “não falarmos apenas dos problemas do passado, mas estamos fazendo projetos para o futuro. O agronegócio está enfrentando dificuldades agora que eu considero momentânea, mas é um setor que tem uma vitalidade enorme. Daqui alguns anos podemos ter superado completamente isso tudo e acho que vamos superar, mas é preciso ter um plano de investimentos para na hora que vier a bonança tenhamos condição de crescer mais rapidamente ainda. Esse projeto de verticalizar a produção, de capitalizar as empresas, de fazer poderosos investimentos, ele tem tudo a ver com o que o governo prega e com os objetivos do BNDES. Temos que avançar nisso. O BNDES tem muito dinheiro, o setor cooperativista, especialmente no Paraná, tem bala na agulha para contrair empréstimos e transformar em empreendimentos lucrativos para o produtor. Temos que avançar nessa parceria. Claro que isso leva algum tempo, mas está muito bem encaminhado”, frisou o ministro.
Clique no ícone abaixo e ouça o comentário do Ministro Paulo Bernardo sobre as medidas anunciadas.