CRISE NO CAMPO I: Parlamentares preocupados com as conseqüências da crise

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Após receber documento sobre a “Crise no Campo”, elaborado pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA) com base em um estudo elaborado pela Ocepar, senadores, deputados federais e estaduais, tem cobrado insistentemente medidas urgentes do governo. O setor aguarda com ansiedade o anúncio de um “pacote” do governo federal para o final desta segunda-feira, enquanto isso os parlamentares se mobilizam aqui no Paraná e em Brasília.

Paraná – A bancada de oposição na Assembléia Legislativa pretende abordar sobre a crise enfrentada por cooperativas e produtores no Paraná, durante sessão desta segunda-feira (03/04). O deputado Durval Amaral (PFL) planeja fazer um pronunciamento listando as dificuldades causadas pelo câmbio, estiagem, endividamento e sanidade animal. Já Plauto Miro Guimarães (PFL) tem dito que a agricultura estadual anda perto da falência.

Câmara – Já o deputado federal Max Rosenmann está mobilizando diversas autoridades políticas no âmito federal para tentar reverter a execução de bens e propriedades de agricultores paranaenses endividados. Com base em informações obtidas pelo Banco do Brasil, Rosenmann afirma que a partir do dia 15 de março começaram a vencer em massa as dívidas de agricultores de diversas regiões do Paraná, de modo que milhares deles poderão perder suas propriedades.

Responsabilidade - O deputado sugere que a Presidência da república assuma a responsabilidade de liderar a articulação para uma solução imediata, o que passaria pela suspensão da execução das dívidas e sua renegociação viável. Para o deputado “a agricultura é uma atividade nobre e estratégica de qualquer país”. Para ele é necessário que haja uma alteração na legislação, de modo que se permita uma renegociação viável para os agricultores, com juros mais baixos, prazos maiores e períodos de carência. Rosenmann conta que chegou a essas informações depois de ter sido procurado por 60 agricultores da região de Contenda, que estão sendo executados.

Prefeituras – A crise também é uma preocupação dos 399 municípios paranaenses, segundo o presidente da Associação dos Municípios do Paraná (AMP) Luiz Soros, a crise da agricultura será “um desastre para economia”, se o governo federal não tomar providências e prorrogar os financiamentos dos produtores. De acordo com ele, o Sudoeste já enfrente a terceira perda de safra com a seca. Em entrevista ao jornal Folha de Londrina, Sorvos disse que não tem números da queda da arrecadação de tributos dos municípios mas, disse que já há redução no ICMS e também no Fundo de Participação dos Municípios (FPM) que é formado pelo Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e pelo Imposto de Renda.

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