CRISE NO CAMPO II: Faesc propõe ampliação do pacote agrícola para pecuária, fumo e frutas
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Incluir os setores do fumo, da pecuária de leite e de corte, a suinocultura e a fruticultura no pacote agrícola recém-anunciado pelo governo federal é a reivindicação que a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) está sustentando em Brasília junto ao governo federal e ao Congresso Nacional. Essa proposta foi apresentada pelo vice-presidente Enori Barbieri à comissão formada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Ministério da Fazenda, Banco do Brasil e Comissão de Agricultura da Câmara que acompanhará a execução do Plano Agrícola e Pecuário 2006/07 e as medidas emergenciais e estruturais de apoio ao setor agropecuário.
Viabilidade - Caberá a esse grupo - formado por dois deputados e um representante da OCB, da CNA, do Ministério da Fazenda e do Ministério da Agricultura – analisar a viabilidade do atendimento de novos pedidos apresentados ao governo federal por representantes dos produtores rurais, das federações e das cooperativas agropecuárias. A Faesc também está pedindo que os custeios agrícolas com prorrogação automática fixada pelo pacote em 50% para a soja, 40% para o arroz e 20% para o milho, passe para 80% em todas as culturas. A Faesc também quer uma solução para a comercialização do arroz, cujo mercado remunera à R$ 16 reais a saca, enquanto o preço mínimo é de R$ 22 reais a saca. Há excesso de produção no país, ainda ocorrem importações predatórias e o mercado despencou.
FAT - Outra reivindicação da Faesc é a normatização do uso de recursos do FAT para pagamento de fornecedores. Essa linha de financiamento poderá ser tomada por produtores rurais, individualmente, e pelas cooperativas agropecuárias e cooperativas de crédito. A Faesc quer que haja transparência, simplificação e rapidez para o acesso a esses recursos, pois a maioria das cooperativas agropecuárias comprometeu todo seu capital de giro com os cooperados. Outra medida de alta importância é a importação de agroquímicos genéricos do Mercosul a custos 80% abaixo do produto nacional. Essa reivindicação é sustentada pela Faesc há mais de dez anos, mas agora o ministro garantiu que vai sair do papel. Barbieri – que foi enviado à Brasília pelo presidente José Zeferino Pedrozo para negociar a ampliação e o aperfeiçoamento do pacote agrícola – está otimista porque a nova comissão instalada tem prazo para começar seus trabalhos em 6 de junho e prazo para encerrá-los em 14 de junho. A missão desse grupo é estudar e definir as medidas complementares.
Monitoramento - “O ministro Guido Mantega comprometeu-se a monitorar pessoalmente a aplicação das medidas do pacote, por isso temos fé que dessa vez haverá mais efetividade nas medidas do governo”, observa Enori Barbieri. O vice-presidente da Faesc acompanhou, em Brasília, a audiência pública da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados, requerida e articulada pelo presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo, deputado federal Odacir Zonta (PP/SC), com os ministros Roberto Rodrigues (Agricultura) e Guido Mantega (Fazenda) para avaliar as recentes medidas do pacote agrícola recém-editado pelo governo federal. (MB Comunicação)