CRISE NO CAMPO: Micheletto cobra participação da Febraban

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Para o deputado federal Moacir Micheletto, presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), os bancos privados não podem deixar de contribuir na busca de soluções para amenizar a crise da agropecuária brasileira. De acordo com Micheletto, o Grupo de Trabalho, que elabora medidas emergenciais e estruturais para o setor, deveria convocar a Febraban (Federação Brasileira de Bancos). “Os bancos privados precisam participar desse grande esforço para salvar o agronegócio do País. Os problemas de endividamento e crédito envolvem diretamente este setor, que tem a responsabilidade de também indicar caminhos e alternativas para reduzir os impactos da crise”, avalia. Segundo o parlamentar, que na sexta-feira (30/06) visitou o Sistema Ocepar e conversou com o presidente João Paulo Koslovski, as discussões do Grupo de Trabalho são fundamentais para que se definam medidas que dêem ao segmento condições de superar a crise. “Além das ações emergenciais, o Grupo está também elaborando medidas estruturais, que representarão um passo importante para que haja mais estabilidade e planejamento na agropecuária brasileira”, afirma. O Grupo de Trabalho é composto por representantes dos ministérios da Fazenda e da Agricultura, de entidades do setor agropecuário e cooperativista, além de parlamentares. O presidente do Sistema Ocepar é o representante da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).

Rodrigues - Quanto à saída de Roberto Rodrigues do Ministério da Agricultura, Micheletto lamentou a decisão, mas disse compreender as razões que motivaram o ministro. “Rodrigues foi um valente, que suportou os cortes de recursos do Ministério da Fazenda, enfrentou em sua gestão a pior crise da agropecuária nos últimos 40 anos, um câmbio desfavorável, aftosa, ameaça de gripe aviária, entre outros fatores negativos. Mesmo assim, ainda conseguiu avançar em pontos importantes, como o seguro rural e as medidas emergenciais para a crise”. Segundo Micheletto, a expectativa quanto ao recém-empossado ministro Luis Carlos Guedes Pinto é a de que haja uma continuidade do bom diálogo e proximidade com o setor agropecuário, uma marca da gestão de Rodrigues no Ministério. “A receptividade do segmento vai depender de suas ações para combater a crise”, finaliza.

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