CUSTEIO: Agricultores esperam por financiamento

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Faz mais de 30 dias que os produtores rurais esperam pela liberação - pelo Banco do Brasil - dos financiamentos de custeio para a safra de verão 2006/2007. O dinheiro prometido pelo governo federal deveria estar disponível nas agências bancárias desde o último dia 1º de julho. Sem ele, os agricultores não conseguem comprar insumos para a semeadura das lavouras de grãos. O plantio começa em setembro, na região. Em resumo, esta a preocupação externada ontem pela diretoria do Sindicato Rural de Maringá em ofício encaminhado à superintendência regional do Banco do Brasil, Federação da Agricultura do Paraná (Faep) e ministérios da área econômica.

Morosidade - Segundo José Antônio Borghi, presidente da entidade ruralista maringaense, a morosidade na liberação do dinheiro pode comprometer produtividade e produção da próxima safra pela redução de tecnologias modernas. Além disso, se implantadas com atraso, as lavouras poderão ser afetadas por condições climáticas desfavoráveis por correrem o risco de se desenvolverem em desacordo com o calendário recomendado pela pesquisa oficial. No documento, o Sindicato Rural chama a atenção para o momento dramático vivido pela agricultura e provocado pela crise de renda ocasionada - dentre outros fatores - pela forte valorização do real, estiagem, baixos preços e altas incontroláveis nos custos de produção. ''Portanto, assinala Borghi, a demora na liberação de recursos agrava ainda mais um quadro reconhecidamente desolador''. A compra de insumos em geral - especialmente sementes e fertilizantes - já está atrasada. No caso da lavoura de mandioca, a situação é pior porque ela já se encontra plantada. ''A produção de alimentos é desenvolvida a céu aberto e com calendário a ser rigorosamente seguido pelo fator tempo. Não podemos ficar à mercê da burocracia'', alerta o sindicalista. (Folha de Londrina)

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