DESEMPREGO: Agropecuária foi o setor que mais demitiu

Em setembro, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a expansão do emprego formal em todo o País ocorreu em quase todos os setores da atividade econômica, com exceção da agropecuária que segue desempregando cada vez mais trabalhadores. Enquanto houve crescimento na criação de empregos em todos os setores, a agropecuária registrou, em setembro, o pior desempenho do ano no saldo de empregos gerados no Brasil. O resultado entre os admitidos e demitidos comprova que o setor fechou 21.229 postos de trabalho no mês passado. Foi o pior desempenho do ano e o segundo mês de 2006 em que a agropecuária demitiu mais do que contratou. Em agosto, o setor já havia fechado 13.727 postos de trabalho.

Postos de trabalho - De janeiro a agosto deste ano, a atividade acumula saldo positivo de 205.602 empregos formais gerados no País. O montante é superior ao total de vagas criadas no mesmo período do ano passado, quando a agropecuária gerou 199.400 postos de trabalho em todo o Brasil. No entanto, os resultados alcançados nos oito primeiros meses deste ano ainda são inferiores ao desempenho da criação de vagas de janeiro a agosto de 2003 e de 2004. Nos oito primeiros meses destes anos foram registrados saldos de 220.986 e 281.477 postos de trabalho, respectivamente.

Empregos no País - Em todo o Brasil, no mês de setembro, foram gerados 176.735 empregos com carteira assinada – o nono mês consecutivo de saldo positivo entre admitidos e demitidos. No entanto, e resultado do mês é inferior aos 189.458 postos de trabalho criados em setembro do ano passado. No acumulado de janeiro a setembro deste ano, a variação em relação a 2005 foi de +5,31%, significando um acréscimo de 1.383.805 assalariados com carteira no mercado de trabalho. A expansão do emprego formal em setembro ocorreu nos setores da indústria de transformação (+81.891 postos), serviços (+54.552 postos), comércio (+46.381 postos) e construção, que gerou 12.570 empregos. O único setor que apresentou redução no contingente de assalariados com carteira assinada foi o de agropecuária, ao eliminar os 21.229 postos de trabalho. No entanto, o Caged aponta que a retração está relacionada à presença de fatores sazonais ligados ao período de entressafra.  (Correio do Povo)