EFEITO ESTUFA: Estudo contradiria teoria de que a Terra não se altere com essas emissões

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O aquecimento global sofrido pela Terra há 55 milhões de anos possivelmente se deveu à alta sensibilidade climática perante a emissão de dióxido de carbono (CO2). A afirmativa é revelada por um estudo divulgado hoje pela revista Science. Segundo cientistas do Departamento de Ecologia Global da Instituição Carnegie, o estudo contradiz a teoria dos céticos da mudança climática que assinalam que o sistema da Terra pode resistir sem alterações a esse tipo de emissões. Até agora, se sabia que uma enorme emissão carbônica na atmosfera causou o aquecimento global conhecido como Máximo Termal Paleoceno-Eoceno (PETM, na sigla em inglês).

Temperatura - Os registros geológicos mostram que o efeito estufa resultante dessas emissões causou um aumento de cerca de 5 graus centígrados em um lapso de 10 mil anos. O aumento da temperatura se alongou por 170 mil anos e alterou os padrões da chuva no mundo todo, aumentou a acidez dos mares, a vida animal e vegetal nos oceanos e na Terra. “ O PETM é um exemplo assombroso do aquecimento global induzido pelo dióxido de carbono e se contrapõe aos críticos que afirmam que a temperatura da Terra é insensível aos aumentos do dióxido”, assinalou Mark Pagani, professor adjunto de geologia e geofísica da Universidade de Yale. Segundo o cientista, a temperatura não só aumentou cinco graus centígrados, mas isso ocorreu em um momento em que já era uma média de cinco graus mais alta do que é hoje. Na atualidade, os cientistas afirmam que a maior parte do aquecimento global se deve à emissão de gases procedentes de combustíveis utilizados por automóveis e pela indústria. (Zero Hora)

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