Encontro Estadual: Evento cooperativista teve recorde de participação

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Evento cooperativista teve recorde de participação

O Encontro Estadual das Cooperativas Paranaenses de 2006 teve recorde de público. Mais de 1.700 cooperativistas de todo o Estado participaram do evento, realizado na última sexta-feira (01/12), no Estação Embratel Convention, em Curitiba. Além de promover a integração e a confraternização entre os participantes, objetivo do Encontro é fazer um balanço das ações e conquistas do cooperativismo e projetar o futuro. A abertura do evento foi feita pelo presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, na presença de autoridades nacionais e estaduais.

O cooperativismo - Em seu discurso, o presidente da Ocepar destacou o apoio ao cooperativismo realizado pelo ministro do Planejamento Paulo Bernardo, do secretário de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Valter Bianchini, e do diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek. Koslosvki disse que o trabalho em relação às medidas estruturantes para a agricultura continua. O presidente falou ainda sobre a importância do cooperativismo na economia do Estado. São 410 mil cooperados e mais de 780 mil postos de trabalho gerados no Paraná. O cooperativismo responde por 55% do Produto Interno Bruto (PIB) agropecuário do Estado. Koslovski lembrou ainda da necessidade de atualização da lei cooperativista, que é de 1971.

Clique e confira a íntegra do discurso pronunciado pelo presidente do Sistema Ocepar

Frencoop - Na seqüência, o deputado estadual Élio Rusch fez um pronunciamento, representando os deputados da Assembléia Legislativa do Paraná. “Hoje é impossível não associar o desenvolvimento sócio-econômico do País sem falar nas cooperativas”, afirmou Rusch. O deputado federal Eduardo Sciarra, representando a Frencoop, falou do trabalho realizado pela Ocepar na defesa do cooperativismo. Também manifestou suas preocupação com a questão logística e de infra-estrutura não só no estado como no país.

Mesa de autoridades - A mesa de autoridades foi composta por Koslovski; pelo ministro Paulo Bernardo (Planejamento, Orçamento e Gestão); deputado federal Eduardo Sciarra; deputado estadual Élio Rusch; secretário da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Valter Bianchini; secretário municipal da Agricultura de Curitiba, Norberto Ortigara (representando o prefeito Beto Richa); Luiz Roberto Baggio, vice-presidente da OCB e diretor da Ocepar; Alberto Samways, da Federação do Comércio do Paraná (representando o presidente Darci Piana); Luiz Carlos Colturato, representando o diretor do Denacoop, Paulo Roberto Silva; Ildomar Ivan Fischer, representando o superintendente federal da Agricultura no Paraná, Walmir Kowalevski; Sérgio Mantovani, do Banco do Brasil; Lourenço de Medeiros Filho, representando o presidente do BRDE, Carlos Marés; professor Eduardo Damião, representando a PUC do Paraná e Avany Rodrigues, presidente em exercício da Associação Comercial do Paraná, além dos diretores do Sistema Ocepar e os ex-presidentes da entidade.

Troféu Ocepar I - O primeiro a receber o Troféu Ocepar, pelos relevantes serviços prestados ao cooperativismo, foi o presidente da Cofercatu, o engenheiro agrônomo José Otaviano de Oliveira Ribeiro. Em seu discurso, José Otaviano fez um agradecimento aos cooperados e funcionários. “Se não fossem vocês, eu não chegaria aqui hoje, sendo homenageado”, disse. O presidente da Cofercatu afirmou que as ações da cooperativa visam sempre o que é melhor para o associado.

Troféu Ocepar II - Em seguida, o ministro Paulo Bernardo – ex-secretário da Fazenda de Londrina, ex-secretário da Fazenda do Mato Grosso do Sul e ex-deputado federal - recebeu o Troféu das mãos do presidente, João Paulo Koslovski, diretores e ex-presidentes do Sistema Ocepar. Antes de passar ás mãos do ministro o troféu, Koslovski fez questão de ressaltar os relevantes serviços que tem prestado não só ao país mas também ao cooperativismo. “Paulo Bernardo é um ministro de poucas palavras, mas de muita ação”, lembrou o líder cooperativista, destacando entre as diversas medidas tomadas pelo atual governo e que passaram pelo apoio direto do ministro a questão da manutenção dos armazéns do antigo IBC para as cooperativas, articulou junto ao governo a implementação das medidas para renegociação das dívidas rurais, capitalização das cooperativas de crédito, liberação da Carta Sindical da Fecoopar, articulou junto com Bianchini e Samek reunião da Ocepar com o presidente Lula, a questão da zona de amortecimento, negociações junto ao BNDES para inserir todas as cooperativas na liberação de recursos par ao setor entre outras ações importantes.

Pendências - O ministro destacou que, se não fosse a crise do agronegócio, o desempenho da economia teria sido muito melhor. “Tenho certeza que estamos saindo da crise”, falou. O ministro disse que o canal está aberto para que o cooperativismo paranaense continue participando ativamente dos debates sobre os rumos do agronegócio e da economia. Bernardo afirmou ainda que a questão dos fertilizantes genéricos, por exemplo, deve ser resolvida ainda este ano.

Economia - O ministro relatou que o governo federal está preparando um conjunto de medidas para acelerar o crescimento do País. Segundo Bernardo, estão previstas medidas fiscais, que incluem a redução de gastos e a otimização na utilização de recursos financeiros, além de medidas tributárias (desoneração, basicamente). “Queremos continuar desonerando a produção, principalmente os investimentos. Queremos desonerar a construção civil e as exportadoras”, adiantou. De acordo com o ministro, outro foco do governo é viabilizar financiamentos.

Participantes - Eloi Eggers Wächter, do conselho fiscal da Lar, que participou pela terceira vez do Encontro Estadual, afirmou que a integração entre os cooperativistas é extremamente benéfica ao Sistema.“É importante para divulgar as ações do cooperativismo, assim as cooperativas se fortalecem. É muito importante ainda que os jovens participem, pois são eles que vão continuar o nosso trabalho”, comentou.

Opiniões - Já Diogo Zuliani, 23 anos, veio pela primeira vez ao Encontro. Cooperado da Cocamar, ele destacou a união das cooperativas durante o evento. Cecília Adelaide Trevizan, da Integrada, veio pela segunda vez. Ela destacou a participação das mulheres no cooperativismo. “Sou cooperada há mais de dez anos”, disse. Conceição Albuquerque, do Sicredi Costa Oeste, veio ao Encontro pela primeira vez. “Meu marido é coordenador de núcleo e achamos importante participar e saber o que o sistema conquistou ao longo do ano”, afirmou ela.

Me leva Brasil  - Que contribuição o jornalista da Rede Globo Maurício Kubrusly poderia dar aos participantes do Encontro Estadual das Cooperativistas Paranaenses falando sobre sua experiência na produção do programa Me leva Brasil? A experiência da riqueza da diversidade da população brasileira e da prática cotidiana da cooperação em meio às inúmeras e imensas dificuldades, especialmente de quem vive no interior do país. Nas entrelinhas de seus curiosos relatos sobre o que viu, o jornalista deixou evidenciou a generosidade do povo brasileiro “que pratica cooperativismo sem saber direito o que é uma cooperativa”, e que encontra soluções criativas sempre que é pressionado pelas dificuldades.

Transformação pela educação - “O que transforma um país é a educação”, frisou Kubrusly, ao contar a história do “seu” Melo, um brasileiro que vive no meio da mata, mas capaz, com a ajuda dos livros, a grandes realizações, entre as quais montar usinas hidrelétricas. Uma imensa biblioteca, que lhe deu o conhecimento, é a diferença entre o bem sucedido Melo e outros tantos brasileiros que vivem perdidos no interior do Brasil. Entre as histórias que o jornalista contou, destaca-se a de outro brasileiro que, inconformado com o desperdício das coisas jogadas no lixo, construiu a sua própria casa com dois andares, a custo zero ou, no máximo, em troca do que ganhou vendendo latinhas coletadas do lixo. Descrever essa história em poucas linhas é impossível. Mas serve de exemplo para imaginar o que esse brasileiro, analfabeto, faria se tivesse tido a oportunidade de freqüentar uma faculdade. Talvez até seja injusto chamar de analfabeto quem é capaz de construir, a custo zero, uma casa de dois andares. “O que muda a gente é a informação”, deixou claro Mauricio Kubrusly, prometendo para o próximo ano à volta do programa que lhe deu fama.
Clique e confira íntegra do discurso pronunciado pelo Ministro Paulo Bernardo

 

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