ENDIVIDAMENTO II: Burocracia dificulta negociação de dívidas agrícolas, diz Osmar Dias
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O senador Osmar Dias (PDT-PR) considera que a burocracia excessiva dos bancos prejudica a renegociação das dívidas do setor agrícola. "Já votamos várias medidas no Congresso Nacional para facilitar a renegociação dos débitos agrícolas e fizemos intensas negociações com o governo. No entanto, quando o produtor chega nos bancos encontra vários entraves que eliminam a possibilidade do agricultor de tomar novos créditos", observa o senador paranaense.
Política - Na opinião do parlamentar pedetista, cabe ao governo federal definir uma política que obrigue os bancos a renegociar os débitos dos agricultores que estejam adimplentes. "O governo tem que intervir para permitir novos empréstimos aos agricultores para que seja possível plantar a nova safra", afirma Osmar Dias. Segundo o senador, o que agrava ainda mais a situação dos agricultores é a falta de chuvas. "Este ano está muito difícil, já que as previsões em relação ao clima não são animadoras. É um prejuízo grande aos produtores que não podem jogar na terra os seus recursos", observa o senador. Para Osmar Dias, é necessário que o governo inclua no Fundo de Catástrofe recursos suficientes para atrair seguradoras que dêem garantias ao setor agrícola. "Plantar com este clima, sem seguro, é um risco muito grande ao produtor que não tem a atenção do governo", completa.
Seguro - Para Osmar Dias, a criação do seguro rural, que dê garantias ao produtor a partir da implementação do fundo de catástrofe é ação indispensável ao governo brasileiro para que o setor possa se desenvolver. "Já temos uma lei que regulamenta o fundo de catástrofe. Basta que o governo tenha a boa vontade de alocar recursos para esse fundo para que a gente possa ter seguradoras nacionais e estrangeiras com estímulo para investir no Brasil. Sem recursos as seguradoras estão fugindo e nenhum agricultor consegue fazer seguro de produção ou seguro de renda", salienta o parlamentar paranaense.
Acúmulo de dívidas - Osmar considera fundamental que o governo tenha o entendimento de que não basta apenas dar o crédito, mas a garantia de que o produtor terá assegurado o recurso que investiu mesmo que não colha a safra. "Ano após ano o agricultor está acumulando dívidas que o governo tem que renegociar. Ficará muito mais barato para o País se o governo suplementar os recursos do Fundo de Catástrofe para que os produtores tenham seguro. Ainda dá tempo neste ano de incluir no Orçamento recursos para este fundo. Uma safra frustrada obriga os agricultores, muitas vezes, a vender a sua propriedade. Para mudar esta realidade basta que o governo encaminhe Medida Provisória ao Congresso para que a gente possa ter um seguro de produção funcionando já para esta safra", finaliza Osmar Dias. (Imprensa Parlamentar)