EXPEDIÇÃO SAFRA: Stephanes anuncia marco regulatório para o setor de fertilizantes

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Ao participar na manhã desta segunda-feira (19/10), em Curitiba, do lançamento da quarta edição da Expedição Safra 2009/10 da Rede Paranaense de Comunicação (RPC), o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes anunciou que o governo decidiu criar um marco regulatório para o setor de fertilizantes, através da publicação de uma legislação especifica. O ministro disse que o Brasil é altamente dependente pela importação de fertilizantes. "No caso do potássio, importamos 91% das nossas necessidades, setor este aonde apenas quatro países dominam a produção e três empresas é que comercializam no mundo todo. Uma espécie de cartel. Estamos discutindo o assunto há mais de um ano dentro do governo e com a sociedade. Temos dito que o Brasil tem plenas condições de em seis ou oito anos ser autosuficiente em fósforo e potássio, pois tem a terceira maior jazida de potássio do mundo, a qual precisa ser explorada", frisou. Stephanes disse que este marco regulatório terá uma legislação específica, separada de outros setores minerais e que envolvem outros interesses. "Esta é uma decisão extremamente importante para o agronegócio brasileiro e que foi decidido em conjunto com o Ministério das Minas e Energia", frisou.

Meio ambiente - Outro tema abordado pelo ministro foi sobre a questão ambiental. O ministro utilizou uma afirmação do presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski de que o ano de 2009 foi tão ruim para o agronegócio que deveria ser apagado da folhinha. Koslovski afirmou que foram perdidos com a questão climática neste ano cerca de 9 milhões de toneladas de grãos pelo Paraná. Stephanes disse que caso fosse aplicada toda legislação ambiental vigente hoje, "perderíamos somente no Paraná 15 milhões de toneladas de grãos. Regiões inteiras desapareceriam como a Colônia Witmarsum e no Paraná todo, mais de 4 milhões de hectares estariam comprometidos. O Paraná tem um balanço positivo na questão da emissão de gases e não pode ser penalizado. Precisamos mudar o Código Ambiental vigente, temos mais de 16 mil itens que regem o setor. Este emaranhando precisa ser revisto", lembrou o ministro. Stepahnes disse que não estava falando de flexibilização: "estou falando em corrigir erros que foram cometidos ao longo dos anos. Para que se faça a coisa certa é preciso ter a participação dos ambientalistas mas também ter o suporte técnico científico para termos decisões corretas em relação ao setor da agricultura é isto que defendo junto ao governo", lembrou Stephanes.

Trigo - O ministro também aproveitou para anunciar de que o governo está liberando R$ 600 milhões para aquisição de trigo no mercado interno. "Este foi um ano muito ruim para a triticultura paranaense. No ano passado o setor deu uma resposta positiva as nossas necessidades de produção de trigo no Brasil, houve um aumento da produção e conseguimos sustentar uma política de preços. E neste ano, houve perdas significativas com excesso de chuva e perda de produção, produtividade e na qualidade. Uma questão séria e que precisa ser enfrentada, por isso que acertamos com o setor produtivo na liberação destes recursos na comercialização", lembrou.

Expedição - Sobre o lançamento da Expedição Safra, o ministro elogiou dizendo que o projeto traz o campo mais perto da cidade e a cidade perto dos agricultores. "O cidadão urbano só tem noção que o campo existe quando aumenta o preço dos alimentos e daí todo mundo se movimenta. Este trabalho da RPC que já acontece há quatro anos é um ótimo exemplo. Quantos brasileiros sabem que o Brasil produz para alimentar sua população e ainda exporta o excedente para 180 países. O País que mais cresce na produção de excedentes, de alimentos", disse.

Cooperativas - O presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski que também representou a OCB no evento, enalteceu a realização de mais uma Expedição Safra e disse que as cooperativas estão prontas em colaborar com o levantamento técnico-jornalístico fornecendo dados necessários para que o projeto atinja seu objetivo principal, que é trazer uma verdadeira radiografia do campo no País. "A informação é a base de todo negócio e com este projeto, não só os agricultores, cooperativas e também as entidades e o governo, podem ter um panorama real da expectativa de plantio e de colheita para a próxima safra", disse o dirigente. Também fizeram uso da palavra o secretário da Agricultura do Estado do Paraná, Valter Bianchini e o diretor da Faep, Livaldo Gemin.  O evento foi aberto pela vice-presidente do Grupo RPC, Ana Amélia Flizola e pelo coordenador de Agronegócio, Giovani Ferreira.

Apoio - Giovani Ferreira apresentou dados dos últimos três anos, quando o projeto mapeou as principais regiões produtoras do País, "a Expedição Safra chega a seu ápice realizando neste ciclo uma cobertura nacional mais abrangente, com visitas também a mais três países", lembrou o coordenador do projeto. Com apoio técnico do Sistema Ocepar, OCB e Faep e de empresas da cadeia produtiva do agronegócio, três equipes da RPC farão uma série de viagens técnicas às regiões produtoras do Brasil, Argentina, Paraguai e Estados Unidos.

.Roteiro - No Brasil, a expedição passará pelas regiões Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), Centro-Oeste (Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás), Sudeste (São Paulo e Minas Gerais) Centro-Norte (Tocantins, Maranhão, Piauí e Bahia). Serão no total 20 estados, 150 municípios e 300 propriedades. Em pauta, discussões sobre o agronegócio globalizado, como oferta e demanda de grãos, e estimativa da safra. O trabalho de campo teve início em setembro e prossegue até abril do ano que vem.

Cobertura - Os resultados e os dados levantados durante as viagens serão apresentados aos produtores através dos veículos de comunicação do grupo, por meio da TV, dos jornais Gazeta do Povo e Jornal de Londrina e do site www.rpc.com.br. Além da cobertura pela multiplataforma editorial Caminhos do Campo, a Expedição também ganha destaque na cobertura diária da RPC.

Equipe - As equipes da Expedição são formadas por técnicos, jornalistas e um time de produção com fotógrafos e cinegrafistas, que registram todo o conteúdo para os programetes de televisão e reportagens para o jornal. Além da equipe da Expedição, o projeto é acompanhado de perto produtores, técnicos, lideranças de entidades do agronegócio que serão constantemente consultados como as principais fontes de informação.

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