FAO: Crise alimentar deve ser solucionada com ajuda de países ricos

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No primeiro dia da Conferência de Alto Nível da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), os países participantes chegaram ao consenso de que as nações desenvolvidas devem aumentar imediatamente os recursos para programas de ajuda alimentar as nações pobres. A informação é do secretário de Relações Internacionais do Agronegócio, Célio Porto, que representa o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes. "Outra conclusão a que se chegou é a de que a crise deve ser resolvida com o aumento da produção, não com a diminuição da demanda", completou Porto. Para tanto, é preciso aumentar os investimentos, a capacitação de agricultores e a transferência de tecnologias. O secretário destacou, ainda, que as nações presentes no evento concordaram que é preciso falar menos na crise mundial de alimentos e começar a agir.

EUA e UE - De acordo com Célio Porto, foi defendido que Estados Unidos e União Européia abandonem temporariamente os programas de set aside (medida política para ajudar a reduzir os grandes e onerosos excedentes de produção) para áreas agrícolas, permitindo que as terras que os agricultores deixaram de plantar para aderir a esses programas sejam utilizadas na produção de alimentos ou pastagem.

Autoridades - Além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, outros líderes de nações falaram durante a abertura, como o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, o primeiro-ministro do Japão, Yasuo Fukuda, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, o presidente do Governo da Espanha, Jose Luiz Zapatero, o presidente do Egito, Hosni Mubarak, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner e o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad. Nesta quarta-feira (04/006), ministros de Agricultura e entidades da sociedade civil se pronunciam. Estão representados no evento 148 países, com 4.740 delegados. A Conferência de Alto Nível sobre a Segurança Alimentar Mundial e os Desafios da Mudança Climática e a Bioenergia, da FAO, segue até quinta-feira (5), em Roma (Itália). (Mapa)

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