FEBRE AFTOSA: Gado de Loanda será liberado em dez dias

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Em no máximo dez dias, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) deve anunciar a liberação da movimentação do rebanho bovino das últimas propriedades rurais do Estado que continuam interditadas por causa da febre aftosa. Tratam-se de 95 fazendas localizadas no raio de 10 quilômetros dos dois focos identificados pelo Mapa inicialmente, nas fazendas São Paulo e Alto Alegre, em Loanda (102 km a oeste de Paranavaí). A notícia sobre a liberação foi dada em reunião rápida realizada ontem de manhã, entre o ministro Luiz Carlos Guedes Pinto e o secretário Estadual da Agricultura e Abastecimento (Seab) Newton Pohl Ribas. No dia 6 de setembro, o ministério liberou a comercialização e o trânsito de animais nas outras quatro regiões do Paraná que estavam sob investigação por causa da aftosa, nos municípios de Maringá, Grandes Rios, Bela Vista do Paraíso e São Sebastião da Amoreira. O transporte dos animais de Loanda não foram liberados na ocasião porque o ministério encontrou problemas nos exames de sorologia e solicitou mais informações sobre a origem dos animais à secretaria. Há aproximadamente 20 dias, o Mapa liberou dois rebanhos de Loanda, das fazendas São Paulo e Alto Alegre. Com a liberação das propriedades pelo Mapa, os donos das fazendas liberadas podem vacinar seus rebanhos, movimentar os animais dentro do território nacional, retomar o abate e as operações de cria e recria.

Análises - Segundo Guedes Pinto, o ministério está concluindo a análise sobre a situação das 95 propriedades e deve anunciar em uma semana a dez dias a liberação dessas áreas. O ministério também encaminhará um relatório final à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) solicitando que o Paraná seja decretado novamente área livre de aftosa. Com isso, o estado poderá voltar a exportar carne bovina. ''Essa notícia é extremamente positiva'', afirmou o secretário. A expectativa dele é que até o final do ano a comissão responsável da OIE decida sobre a situação do Paraná. De acordo com Pohl, há cerca de 20 dias a secretaria enviou relatório da região ao ministério. Em todo processo, segundo ele, foram realizados exames sorológicos em 20 mil animais, outros 12 mil passaram por inspeção técnica e 258 propriedades do entorno das propriedades liberadas foram analisadas.

Demora - Questionado sobre a demora para definir a situação do Paraná, o ministro afirmou que o ministério tem que ser bastante cauteloso para atender as demandas rigorosas dos organismos internacionais e dos países importadores. ''Os países são extremamente rigorosos. Por isso temos que agir com o máximo rigor para ter credibilidade e para que nossas decisões sejam recebidas e acatadas'', disse.  Sobre a adoção de medidas de prevenção a novos focos de febre aftosa, Guedes Pinto afirmou que o ministério está analisando a proposta da Seab de realizar um trabalho integrado com outros estados, principalmente o Mato Grosso do Sul. O ministério também está atuando junto a outros países, por meio da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura e Instituto Interamericano de Cooperação Agrícola, na elaboração de um Programa de Erradicação da Febre Aftosa. (Folha de Londrina)

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