FEIRA DO COOPRATIVISMO: Barreiras européias viram assunto da Ficoop

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Durante a Ficoop – Feira Internacional de Cooperativas, realizada em Portugal na semana passada –, houve o Encontro Internacional Intercooperativo, com palestras que abordaram, entre outros temas, o papel das cooperativas para um comércio justo de biocombustíveis; as cooperativas e as problemáticas do comércio internacional; o panorama das cooperativas de língua portuguesa; e o agronegócio do cooperativismo brasileiro. O encerramento do encontro, no dia 3 de junho, contou com autoridades e lideranças cooperativistas portuguesas e brasileiras. Um dos assuntos mais utilizados nos pronunciamentos foram as barreiras alfandegárias da União Européia, que dificultam o comércio entre Brasil e Portugal.

Retomada na comunicação - O presidente da OCB, Marcio Lopes de Freitas, salientou a ousadia do povo português para driblar as dificuldades. “Há barreiras para o comércio, mas acredito na união dos países de língua portuguesa, no espírito cooperativista e na ousadia do povo português, que atravessou o mar durante meses para fazer um país”, ressaltou Marcio. Sobre a Ficoop, o presidente da OCB demonstrou alegria por retomar o canal de comunicação com o cooperativismo português. “O relacionamento iniciado no Rio Cooperativo, em 2000, ficou adormecido até então porque estávamos voltados a questões internas como profissionalização da gestão, formação dos cooperativistas, intercooperação de negócios e consolidação da responsabilidade social nas cooperativas”, explicou Marcio.

Barreiras - Para o secretário geral da Confagri (Confederação Nacional de Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal), Francisco Silva, a agricultura européia não sobreviveria sem barreiras. Paulo Gomes, da Comissão de Coordenação de Desenvolvimento da Região Norte de Portugal, acredita que “as barreiras do mercado europeu não devem ser barreiras para o potencial fantástico do Brasil”. O governo brasileiro esteve representado na ocasião por Marcio Portocarrero, secretário do Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, órgão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Para ele, deve prevalecer a lei de mercado. “Precisamos transformar o laço histórico em negócios”, disse Portocarrero, acrescentando que a solução passa pelo cooperativismo.

 

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