FIEP: Koslovski participa de reunião com presidente do BNDES
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O presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, participou nesta segunda-feira (30/07) de uma reunião com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho. O encontro, organizado pela Fiep, reuniu empresários e representantes de vários setores da economia paranaense. Koslovski falou no evento sobre o planejamento de expansão do setor cooperativista do Paraná, que vai investir mais de R$ 1 bilhão nos próximos 12 meses. O presidente enfatizou o bom relacionamento entre as cooperativas e o BNDES, que se intensificou durante a gestão de Demian Fioca, e afirmou que a parceria pode ser ampliada com a retomada de discussões em torno de pleitos do segmento. “Precisamos abranger mais o cooperativismo nas linhas de financiamento do BNDES. Também é importante que no Prodecoop (Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária) o prazo de 12 anos seja efetivamente aplicado, já que hoje o máximo que se consegue é de nove anos. Outros temas como câmbio e juros precisam ser debatidos com o Banco”, disse Koslovski.
Retomada - O presidente do BNDES recebeu de forma positiva às sugestões do setor cooperativista e sinalizou com a retomada das discussões. Durante o encontro, foi entregue a Coutinho uma pauta de investimentos estratégicos do Paraná nos setores de infra-estrutura compreendendo energia, modernização de eixos logísticos, ampliação e modernização do porto e aeroporto, diversificação da matriz energética e implantação, ampliação e consolidação dos parques tecnológicos. O documento, elaborado pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) teve a adesão de 26 deputados federais e dos três senadores paranaenses. O dirigente do BNDES anunciou um Fundo para financiar projetos de infra-estrutura.
Competitividade - "Os investimentos previstos neste documento têm por objetivo garantir condições de competitividade à indústria paranaense", disse o presidente da Fiep, Rodrigo da Rocha Loures. Coutinho informou que parte dos investimentos solicitados estão previstos no PAC e outros já estão sendo ou serão objeto de tratativas com as demais áreas do governo para serem atendidos. "Pretendo retornar aqui para reunião de trabalho com o governo do Paraná para a negociação de projetos específicos", disse.
Pequenas Empresas - Luciano Coutinho informou ainda que está em negociação com o BRDE para flexibilizar e ampliar o atendimento às pequenas empresas e também ampliar o atendimento a estas empresas via Cartão BNDES que hoje atende cerca de 200 mil pequenas empresas. "Ainda não podemos operar com empresas que não apresentem o CND (Certidão negativa de Débito), especialmente com a previdência, mas precisamos encontrar formas dentro da lei para ampliar este atendimento. A atenção prioritária a pequena empresa foi um pedido pessoal do presidente da República e estamos tentando fazer isso", disse. Coutinho anunciou que o BNDES também garante apoio a grandes corporações por meio de cooperativas ou empresas âncora que repassam o crédito às pequenas empresas. "A Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) esteve aqui presente nesta reunião e a atenção a este setor será objeto de uma reunião que teremos em breve", informou.
APLs - Um dos projetos específicos citados por Coutinho é o de apoio aos Arranjos Produtivos Locais (APLS). Segundo Coutinho, já na primeira quinzena de agosto o BNDES terá consolidado um grupo de trabalho que está sendo criado exclusivamente para cuidar dos APLs. Outro compromisso assumido por Coutinho foi a oficialização de um pedido ao Ministério da Fazenda para a inserção do setor madeireiro ao Revitaliza, programa de compensação aos setores afetados pela defasagem cambial. Coutinho assegurou que não faltarão recursos do banco para projetos consistentes e de relevância econômica e social. Ele citou como áreas prioritárias para investimentos a infra-estrutura portuária e aeroportuária e energia.
Projetos de Infra-estrutura - Durante a reunião, Luciano Coutinho anunciou a criação de um Fundo para financiar projetos de infra-estrutura, a criação de um Fundo de Desenvolvimento de Projetos de Infra-estrutura. O objetivo, segundo Coutinho, é acelerar projetos básicos necessários para o desenvolvimento do Brasil. "Houve um abandono do planejamento no Brasil", disse Coutinho, acrescentando que investimento em infra-estrutura não se improvisa, requer planejamento de longo prazo, com 10, 15 ou 20 anos de antecedência. O volume de recursos do Fundo, segundo Coutinho, será condizente com o tamanho do desafio. "Não é um fundo para perder dinheiro, é um fundo que vai elaborar os projetos e depois que os projetos forem licitados os vencedores das licitações vão remunerar o custo de elaboração de projetos com serviço prestados. Será um fundo rotativo, inclusive para recuperar as atividades de consultoria e engenharia no país." (Com informações da Assessoria de Imprensa da Fiep)