FISCALIZAÇÃO: Contrabando de defensivos é 42% menor em 2007

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O aperto nas ações de fiscalização e um acordo de equivalência firmado com a China reduziram pela primeira vez a entrada de defensivos agrícolas por meio de contrabando no Brasil. Segundo dados preliminares de um levantamento ainda inédito do Sindicato da Indústria de Defensivos Agrícolas (Sindag), os produtos contrabandeados movimentaram cerca de US$ 210 milhões no ano passado, uma queda de US$ 150 milhões, ou quase 42%, em relação aos US$ 360 milhões de 2006. Os números podem sofrer pequenas alterações, mas mostram que, enfim, o esforço para coibir a entrada ilegal de defensivos no país começou a dar algum resultado. O trabalho das associações de classe começou timidamente em 2001, mas ganhou corpo a partir de 2004, em ações coordenadas com a Polícia Federal.


Fatia chega a 4,5% do mercado - Em 2007, segundo os dados prévios do sindicato, a indústria acumulou vendas de pelo menos US$ 4,5 bilhões, o que, somado à queda da entrada de produtos ilegais no Brasil, derrubou a fatia dos contrabandeados para 4,5%. "Antes [do início dos levantamentos], o crescimento do contrabando era exponencial", afirma José Roberto da Ros, diretor executivo do Sindag. O acordo com a China para registro de defensivos agrícolas por equivalência de composição também foi vital para a queda do contrabando e fortalecimento de produtos formais chineses no mercado brasileiro. "O registro de um novo produto chega a demorar mais de 36 meses, mas, com o produto por equivalência, isso pode ser feito em 12 meses". Aprovada em 2006, a lei para registro de produtos por equivalência dispensa alguns testes para produtos genéricos com mesma formulação de outros de uso já autorizado.


Preço - O consumo do defensivo é de 20 milhões a 25 milhões de litros por ano. Metade vinha da China, mas agora toda a demanda deverá ser atendida pelos fabricantes nacionais, segundo Túlio Teixeira de Oliveira, diretor-executivo da Associação das Empresas Nacionais de Defensivos Agrícolas (Aenda). O custo da versão chinesa, de R$ 6 por hectare, era cerca de 20% menor que o dos produtos nacionais, o que deve significar aumento de custo para os sojicultores. "Mas, como as fábricas nacionais vão aumentar a produção, elas terão ganho de escala, o que deve diluir esse aumento de preço", afirma Oliveira. (Com informações Valor Econômico)

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