FLORESTAS PLANTADAS: Plano Nacional mira energia e serviços ambientais
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Em palestra magna realizada na noite de abertura Fórum Internacional do Agronegócio Florestal, em Gramado (RS), o assessor da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República Décio Gazzoni revelou detalhes do Plano Nacional de Florestas Plantadas, em gestação pelo governo federal. É a primeira apresentação pública do Programa, antes só aberta em reunião da Câmara Setorial de Florestas Plantadas do Ministério da Agricultura.
Novos negócios - A projeção do governo é de que, além do desenvolvimento das atuais cadeias do setor, como as de celulose e móveis, novos negócios surjam na área florestal. Um dos principais deve ser a utilização de madeira como fonte de geração de energia em termelétricas movidas a biomassa. Segundo o cenário mais otimista para o setor, até 12% de todo mercado de energia nacional poderiam ser supridos por meio de florestas plantadas, seguindo a tendência de busca de fontes energéticas renováveis.
Serviços ambientais - De acordo com Gazzoni, outro negócio que tende a crescer são os chamados serviços ambientais, a partir da criação de mecanismos internacionais para remunerar produtores que deixam florestas nativas em pé, entre outras formas de estímulo à preservação. O técnico ainda afirma que o programa prevê políticas de incentivo ao aumento da área com cobertura de florestas plantadas, apoiando especialmente a implantação em regiões hoje degradadas, para que o Brasil atinja a liderança mundial em produtos florestais.
Programa Florestal do RS publicado no Diário Oficial do Estado - A governadora Yeda Crusius instituiu o Programa Florestal do Rio Grande do Sul. A ação foi confirmada na solenidade de aberturas da 2ª Feira da Floresta e 2º Fórum Internacional do Agronegócio Florestal, na noite de quarta-feira (14/04), em Gramado (RS). O secretário estadual de Meio Ambiente, Giancarlo Tusi Pinto, explica que a iniciativa unificará os atuais projetos de apoio ao setor, desenvolvidos por diferentes secretarias e órgãos do Estado. Pinto acrescenta que duas importantes ferramentas para orientar as políticas públicas na área estão em fase inicial e se desenvolverão nos próximos quatro anos. Um deles é o diagnóstico da cadeia produtiva, que recebeu R$ 2 milhões de recursos do Estado para identificar a demanda por produtos florestais.
Inventário florestal - Já o inventário florestal mapeará as florestas e a oferta de madeira gaúcha e demandará R$ 6 milhões de investimento, dos governos estadual e federal. O presidente da Associação Gaúcha de Empresas Florestais (Ageflor), Leonel Freitas Menezes, festejou a iniciativa da governadora. "O programa prevê a estruturação de arranjos produtivos locais de base florestal, privilegiando as pequenas e médias empresas. Esse modelo preconizado descentraliza a produção florestal. É baseado no modelo europeu e já foi provado que funciona", afirmou.
Temo de cooperação - O termo de cooperação para a implantação do Programa Florestal do Rio Grande do Sul foi firmado, na 2ª Feira da Floresta, por diferentes entidades: além dos secretários do Meio Ambiente e da Agricultura, Gilmar Tietböhl, assinaram-no representantes da Famurs, Farsul, Emater, Embrapa, Sindimadeira, Sindimate, Agef, Movergs, Afubra e Ageflor.
Presenças - Entre os presentes na abertura do evento, estiveram o deputado Berfran Rosado, o presidente do CREA-RS, Luiz Alcides Capoani, o diretor-executivo da Abraf, César Reis, o assessor da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República Décio Gazzoni e o prefeito em exercício de Gramado, Luia Barbacovi.A 2ª Feira da Floresta e o 2º Fórum Internacional do Agronegócio Florestal prosseguem até esta sexta-feira (16/04). (Assessoria de imprensa)