FÓRUM DOS COMUNICADORES: Eficiência na comunicação corporativa

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"A boa comunicação não o é que você diz, mas sim o que o outro entende". Essa foi uma das muitas orientações do jornalista José Wille para os participantes do Fórum dos Profissionais de Comunicação das Cooperativas do Paraná, evento realizado na quinta quinta-feira (29/07), na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba. Wille já atuou como professor da Universidade Federal do Paraná. Também foi repórter e apresentador por 10 anos do programa "Bom Dia Paraná" da RPC e hoje é diretor de jornalismo e âncora da Rádio CBN de Curitiba. Convidado para falar sobre a eficiência na comunicação corporativa, Wille focou sua abordagem no papel da imprensa, no perfil do jornalista, na melhor forma de se relacionar com os meios de comunicação, nas técnicas de entrevistas, no gerenciamento de crises e nas novas tecnologias, em especial as redes sociais, e que estão cada sendo cada vez mais utilizadas para a divulgação corporativa.

Cadê a notícia? - "Quem não é visto não é lembrado. Talvez essa seja a principal lição de hoje e que também demonstra o importante papel dos profissionais que atuam na comunicação das cooperativas do Paraná", frisou Wille. No entanto, para a divulgação da cooperativa e do que ela faz aconteça, não basta o assessor de imprensa, ou assessor de comunicação, mandar um texto para os meios de comunicação e esperar que o mesmo seja publicado, de preferência com destaque. Para que o trabalho tenha um resultado positivo, é preciso que o  texto contenha alguns elementos que vão transformá-lo em notícia.  "Em primeiro lugar, o texto  precisa ser claro, objetivo e com um vocabulário que as pessoas entendam. Em segundo lugar, é preciso ter em mente que nem tudo aquilo que a empresa julga importante é notícia que, por sua vez, é algo que não se sabia ontem, um fato novo e de interesse público", esclareceu o jornalista. Como exemplo, Wille disse que podem gerar notícias positivas na imprensa os fatos novos sobre o cooperativismo de interesse da comunidade, como novos serviços, produtos e inovações, ou comentários e análises sobre assuntos que estão nas áreas de atuação das cooperativas.

Obstáculos - Mesmo que o conceito do que é notícia esteja bem claro e seja seguido à risca, completou José Wille, os profissionais de comunicação ainda enfrentam alguns obstáculos tanto internos quanto externos. "Muitas vezes falta visão, no âmbito corporativo, sobre o papel da comunicação e há despreparo tanto do profissional de comunicação quanto do porta-voz da instituição. Em relação aos veículos de comunicação há cada vez mais uma seleção rigorosa dos temas a serem aproveitados, em função do grande volume de informações que as redações recebem diariamente, sem falar que o foco central da mídia tende para fatos negativos, já que notícias sobre tragédias, denúncias, entre outros acontecimentos negativos, chamam mais a atenção das pessoas, têm mais apelo, vendem mais", disse.

A melhor estratégia de comunicação - Depois de saber o que a imprensa e o público esperam das cooperativas como fonte de informação, José Wille comentou sobre a importância de ter uma boa estratégia de comunicação. "A boa imagem de uma cooperativa é a forma positiva como o público vê os produtos e a atuação das cooperativas. E isto se constrói com a comunicação que, aliás, tem que ser feita o tempo todo. Afinal, não basta construir uma imagem. É preciso mantê-la", afirmou.

Política - À noite, os participantes do Fórum de Comunicadores assistiram à palestra da jornalista Cristiana Lôbo sobre o perfil dos candidatos à Presidência da República para o pleito 2010, que abriu o Fórum dos Presidentes das Cooperativas do Paraná. Também prestigiaram a entrega dos troféus aos vencedores do VII Prêmio Ocepar de Jornalismo e o jantar comemorativo ao Dia Internacional do Cooperativismo.

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