FORUM FINANCEIRO: Agentes falam da importância e da recuperação da economia

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Agentes financeiros das cooperativas que participaram do Fórum Financeiro promovido pelo Sistema Ocepar/Sescoop-PR na última sexta-feira (17/04), em Curitiba, consideraram muito oportunas as discussões e acreditam que o início da reversão da crise está próximo. Os palestrantes Alexandre Mendonça de Barros, Erivelto Rodrigues, Alexandre Ricardo Matta Pio de Abreu e Gerson Lauermann abordaram, durante um dia inteiro, diferentes temas relacionados com o sistema financeiro a crise econômica mundial.

Crise menor que a esperada - Para a supervisora financeira da Copacol, Célia Regina Hoffmann, o fórum tem uma importância muito grande para as cooperativas, pois integra os profissionais e traz informações  muito úteis. Célia avaliou que a crise econômica afetou a cooperativa em intensidade menor que a esperada: "Nós já nos preocupamos no ano passado e esperamos um trimestre negro neste ano, quando iríamos carregar um prejuízo bem alto, mas ele não se concretizou da forma como imaginava, aliás nem 1/3 do que imaginávamos". As exportações da Copacol diminuírem mas não em um nível  que refletisse e prejuízo e os produtos que sobraram do mercado externo foram colocados no mercado interno, com aceitação e preço maior que o esperado.

Troca de informações - Para o gerente da divisão administrativa e financeira da Cocari, Geraldo Leite da Silva, o fórum propicia a troca de informações entre os profissionais das cooperativas e traz informações atualizadas. "É um encontro compensador para todos as partes que participam. Uma das coisas mais importantes que vimos foi que o Alexandre Mendonça de Barros nos mostrou uma luz no fim do túnel, até com uma certa brevidade, mostrando que a crise que afetou todo o mundo, mas o Brasil de forma mais branda, tem uma tendência de reação de preço dos produtos agrícolas e isso alivia bastante na questão de um cenário de futuro melhor".

Falta crédito rural - Segundo Geraldo Leite da Silva, a crise econômica afetou de maneira branda a Cocari em função da venda da destilaria de álcool. "Mas sentimos a falta de crédito rural para darmos assistência aos nossos produtores". Segundo o gerente, o crédito está escasso e caro. No entanto, a crise ainda não afetou os projetos de investimentos da Cocari, "que são vultuosos, previstos para os próximos dois anos, o abatedouro, a nova fábrica de ração e indústria de água mineral, que nós estamos trabalhando". Esses projetos estão sendo desenvolvidos normalmente. Recentemente a cooperativa recebeu a visita de executivos do BRDE e do BNDES, que conheceram os projetos e avaliaram as garantias.

Profissionalização constante - O gerente financeiro da Coamo, Joel Makohin, afirmou que um dos pontos positivos do Fórum Finananceiro promovido pelo Sistema Ocepar e Sescoop Paraná é sua contribuição para a profissionalização constante dos profissionais das cooperativas. "Eu vejo um fórum como esse de suma importância, pois a gente consegue agregar num mesmo evento vários profissionais com enforque diferentes, com negócios que na maioria das vezes têm grande sinergia. Aliado a isso, a gente tem debatido bastante a necessidade de criar um grupo de pensadores dentro da filosofia cooperativista. Joel também elogiou as palestras dos representantes das instituições financeiras, que além de terem repassado novos conhecimentos, também puderam constatar "a solidez que é o cooperativismo paranaense e podem continuar nos apoiando".

Investimentos - Embora a crise preocupe todo mundo, segundo Joel Makohin, a Coamo vai continuar fazendo os investimentos necessários ao atendimento do seu crescimento. "Nos temos um cronograma de investimentos já aprovado, em fase final de formatação. Devemos fazer investimentos da ordem de R$ 108 milhões neste ano. Esses investimentos são necessários dentro do processo de crescimento da cooperativa. Temos que dar continuidade ao processo evolutivo da empresa. A crise como um todo, a gente tem uma expectativa de que no segundo semestre, como foi dito na palestra da manhã,  já podemos começar sair dela, pois há sinais mais fortes de reversão". O que a gente torce também é que mesmo tendo a crise, tendo safras boas, com custos mais suportáveis dent6ro do universo do agronegócio, acho que o agronegócio pode dar uma contribuição significativa para reversão dessa crise no de cenário econômico brasileiro".

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