FÓRUM FINANCEIRO/MERCADO: Segundo dia aborda safra e segurança alimentar

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A programação do Fórum de Mercado e Financeiro, realizado desde ontem (27/04) pelo Sistema Ocepar, continuou nesta sexta-feira (28/04) com uma série de palestras. Foram abordados assuntos como segurança alimentar, comercialização e preços da safra de soja e milho 2005/06 e novas políticas governamentais de apoio ao agronegócio.

Segurança Alimentar - Marco Antônio de Andrade, diretor-presidente da Prodeg, falou sobre o tema “Gestão da Segurança na Cadeia Alimentar – ISO 22000”. Andrade destacou a necessidade do mercado de ter maior segurança alimentar, garantindo marcas de segurança diferenciadas. Citando doenças comuns que ameaçam os produtores, como a febre aftosa e a salmonela, Andrade disse que há pouco tempo não se falava em gripe aviária, e agora essa doença – que iniciou na Ásia - está desempregando pessoas no Interior do Paraná e em Santa Catarina. O palestrante afirmou que são registrados 1,5 bilhão de casos de infecções alimentares por ano, em todo mundo. O número revela a importância dos investimentos em segurança alimentar, e a garantia de qualidade para o comprador traz benefícios comerciais - como fidelização de clientes e credenciamento para exportações -, além de benefícios na gestão, entre eles maior competitividade. Ao final da palestra, o gerente técnico e econômico da Ocepar, Flávio Turra, frisou que as cooperativas estão preocupadas com qualidade e investindo nessa área.

Safra - André Pessoa, diretor-presidente da Agroconsult, falou sobre as tendências de comercialização e preços da safra de soja e milho 2005/2006. Segundo Pessoa, uma eventual redução mais rápida da taxa de juros e uma recuperação do valor do dólar seriam como umas injeções de glicose na veia para a agricultura. “Mas eu acredito que isso não aconteça, acredito que vamos seguir com essa mesma política durante pelo menos mais essa safra”, observou. “A partir do próximo ano, seja quem for o presidente, acredito que teremos uma mudança de rumo na política, mais lento se for com o mesmo governo, e mais rápido se for com a oposição, e aí começamos a construir o caminho para sair dessa armadilha”, completou. Pessoa prevê que os efeitos positivos de uma nova política econômica sobre os mercados para a safra só estarão presentes em 2007/2008.  

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