FUNDEPEC: Sanidade animal 100%, sem brechas

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Sistema FAEP, Governo do Estado e Entidades ligadas ao Setor Rural articulam cruzada para banir doenças e pragas que depreciam os produtos da agricultura e da pecuária. Os paranaenses não querem deixar brechas para que questões sanitárias sejam invocadas na imposição de barreiras a seus produtos agropecuários no mercado internacional. Oferecer alimentos saudáveis, livres de doenças, pragas e resíduos de agrotóxicos ou drogas veterinárias, é uma obrigação de todo produtor e, ao mesmo tempo, uma exigência cada vez maior dos países importadores e também do mercado doméstico.

Contexto - Esse foi o contexto do encontro "Sanidade: Garantia de Desenvolvimento", que reuniu mais de 1.5 mil pessoas de todo o Estado ocorrido na última sexta feira, dia 17, no ExpoUnimed-Universidade Positivo, em Curitiba. Estavam presentes lideranças políticas, entre elas o governador Roberto Requião, seu vice Orlando Pessutti, o senador Osmar Dias, os deputados federais Ricardo Barros, Osmar Serraglio, Abelardo Lupion, e o deputado estadual Fernando Scanavaca, que atenderam o convite do presidente do Sistema FAEP, Ágide Meneguette."A sanidade é um ponto crucial. O Governo tem sua parcela de responsabilidade estabelecida em lei, mas os grandes interessados são, na verdade, os agentes privados: pecuaristas, agricultores, frigoríficos, comerciantes, fornecedores de insumos e toda a economia dos municípios", disse Meneguette.

Proposta - Segundo ele, por vezes, as restrições sanitárias são colocadas como forma de defender a produção doméstica de outros países e reduzir o preço das mercadorias. A proposta é acabar com qualquer motivo para este tipo de protecionismo: "Queremos ser considerados internacionalmente como uma área do mundo onde a produção agropecuária tem qualidade e confiabilidade pela eficiência do seu sistema sanitário", afirmou.

CSAs - Para atingir esta meta, é fundamental a atuação da sociedade nos Conselhos Municipais de Sanidade Agropecuária (CSAs). Os CSAs foram decisivos na conquista do status de área livre de febre aftosa, há nove anos. Nesta nova fase, estão sendo reestruturados para serem grandes fóruns municipais, com planos de ação voltados para a prevenção e a conscientização. A idéia é relegar ao passado o abate clandestino de bois, o transporte irregular de animais, a produção de alimentos sem inspeção sanitária e o uso inadequado de agrotóxicos, entre outros problemas isolados.

Conceito - Segurança alimentar, rastreabilidade, certificado de origem, propriedades certificadas. Estas expressões, ligadas a uma nova realidade no campo e no comércio internacional, envolvem conceitos de sanidade e confiabilidade dos alimentos com que todos terão que se familiarizar.  O secretário da Agricultura, Valter Bianchini, relatou as medidas tomadas na área da Vigilância Sanitária Animal e Vegetal pelo governo do Estado.

Osmar Dias - Após os discursos dos deputados federais, o senador Osmar Dias demonstrou sua preocupação em assegurar o sucesso dessa cruzada em favor da economia paranaense. "A parceria que está ocorrendo aqui, neste encontro, deve ter sequência no campo. Se um produtor cometer um erro, os resultados podem ser dramáticos", disse. Ele lembrou a necessidade do governo brasileiro liderar um movimento nos países do Mercosul voltado à uniformização da política sanitária.E trouxe uma novidade: "em quatro meses deveremos ter a proposta do Simples Rural, que terá os mesmos benefícios hoje oferecidos apenas aos empresários urbanos".

Governador - Já o governador Roberto Requião, além de analisar a crise econômica mundial, destacou que "o Paraná é o único estado do Brasil que tem realmente uma estrutura de segurança em relação à sanidade animal". O governador lembrou que, no Paraná, todos os postos de fiscalização estão sendo fechados. "Essas instalações estão sendo ocupadas pela Polícia Rodoviária em parceria com a Vigilância Sanitária", disse.

Avanço -"O Paraná superou o mínimo necessário para alcançar a capacidade de gerenciamento de risco de sanidade na avicultura. Junto com Santa Catarina e Mato Grosso são os únicos estados que tem capacidade de conter os riscos de sanidade animal. Credibilidade se conquista", anunciou Inácio Kroetz durante o evento. "É um estado que cumpre quase na totalidade o que se espera de um serviço afinado com a realidade, com as necessidades na área avícola" disse Kroetz, "Se o Paraná for afetado por algum evento vai saber trabalhar muito bem. Essa classificação levemente superior não significa impor restrições a outros estados, mas sim que temos um serviço de qualidade superior. Ou seja, o estado está preparado e gostaria que os outros também estivessem", concluiu. (Imprensa Faep)

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