Gafanhotos prejudicam lavouras de soja em Goioerê
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Além da ameaça de estiagem, do risco da ferrugem asiática, do alto custo das lavouras, dos baixos preços dos produtos agrícolas decorrentes da política agrícola do governo federal e de outros empecilhos, sojicultores do município de Goioerê tiveram que enfrentar no início dessa safra mais um sério problema: o ataque de gafanhotos. De acordo com o engenheiro agrônomo Paulo Koike, gerente da Unidade da Coopermibra - Cooperativa Mista Agropecuária do Brasil -, o ataque mais prejudicial da praga acontece logo após a germinação das plantas. “Nós percebemos que primeiramente os gafanhotos raspam os cotilédones. Depois eles passam a morder o ponteiro, cortando-o antes da emissão do primeiro trifólio. Quando isso acontece, a planta não rebrota e morre”, disse, ao explicar como aconteceu o ataque dos insetos nas lavouras. “Somente algumas plantas que já possuem o primeiro trifólio ainda conseguiram rebrotar”, destacou. Segundo o técnico agrícola da Coopermibra, Luiz Soares, a presença dos insetos nas lavouras, principalmente nas proximidades de reservas florestais e de matas ciliares, vinha sendo observada há cerca de três anos. Mas até então, nunca haviam ocorrido maiores problemas. “Essa é a primeira vez que a os insetos causaram danos econômicos”.
Controle - Entretanto, segundo ele, nas áreas atendidas pela Coopermibra a situação já está sob controle. “Nós recomendamos o uso de um inseticida foliar cujo princípio ativo é o mesmo dos produtos usados no combate ao gafanhoto africano”, frisa. Mesmo assim as áreas atingidas e outras áreas próximas continuaram sendo monitoradas. Há cerca de 10 anos a Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - vem desenvolvendo pesquisas visando o controle dos gafanhotos. O trabalho começou em 1994, ano em que os insetos causaram grandes prejuízos em lavouras do Mato Grosso. O resultado desse trabalho foi à descoberta de um fungo chamado “Metarhizium” que se instala no inseto e libera toxinas que destroem os seus órgãos vitais causando assim a sua morte. A eficiência desse tipo de controle biológico seria de 80% a 90%. (Coopermibra)