GESTÃO RODRIGUES: Ex-ministro diz ser preciso considerar cenário para avaliar sua gestão

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O ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues disse, em entrevista ao vivo ao AE Agronegócios, que é cedo para fazer uma avaliação de sua gestão à frente da pasta, mas que deve se levar em conta todo o cenário vivido pelo agronegócio nos três anos e meio em que integrou o governo. "Eu fiz um discurso de posse no qual eu me comprometia com uma série de pontos, dizendo o que seria prioridade no meu período. E todos os pontos, sem exceção, foram tocados e implementados. Se não foram concluídos foi porque o processo burocrático foi mais lento do que a gente imaginava." Rodrigues citou como ponto essencial para o futuro da agricultura brasileira a criação do G-20. Segundo ele, ficou claro que sem a abertura comercial dos países desenvolvidos o acesso a esses mercados seria ainda mais difícil. "Uma questão importantíssima nesse nosso mandato foi a criação do G-20. Foi na minha mesa, no Ministério da Agricultura, que surgiu o papel que deu origem à criação do bloco", contou.

Energia - Outro destaque teria sido os avanços obtidos com a agroenergia. Segundo o ex-ministro, desde os primeiros dias no governo, o presidente da República foi comunicado de que era preciso dar atenção a essa área, com objetivo de criar uma alternativa mais democrática e ambientalmente correta ao petróleo. "Eu acredito que essa contribuição foi fundamental também para que o Brasil pudesse caminhar, como está caminhando hoje, na direção de liderar uma mudança na civilização", disse.

Crise - Considerada a mais difícil tarefa, a gestão da crise vai marcar o período em que esteve no ministério, disse. "Essa talvez tenha sido a mais importante crise da agricultura nos últimos 40 anos, que foi fundamentada por uma série de fatores negativos que coincidiram. Jamais houve uma coincidência tão negativa de fatores como essa", disse. Mesmo assim, Rodrigues considera que o pacote lançado no dia 25 de maio deste ano resolveu grande parte dos problemas dos agricultores, principalmente do ponto de vista da prorrogação das dívidas, que permitirá aos produtores aproveitar o cenário melhor que se desenha. (Agência Estado)

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