Governo e produtores tentam conter aumento do álcool combustível
- Artigos em destaque na home: Nenhum
O governo federal reúne-se com representantes do setor sucroalcooleiro na próxima semana, possivelmente na terça ou na quarta-feira, em Brasília, para buscar alternativas para conter aumentos no preço do álcool combustível neste período de entressafra da cana-de-açúcar. “Queremos encontrar uma forma consensual para impedir a elevação do preço do produto”, disse na quarta-feira (05/01) o diretor do Departamento de Cana-de-Açúcar e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Ângelo Bressan, após conversar, por telefone, com o ministro Roberto Rodrigues, que está em São Paulo. “Nada será feito antes do encontro com o setor produtivo”, garantiu Bressan, que acabara de tratar do assunto durante reunião na Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça. “O governo quer buscar o equilíbrio entre os produtores e os consumidores e dispõe de instrumentos para tomar medidas capazes de conter excessos de preços e evitar o desabastecimento do produto”. Segundo ele, a determinação para encontrar alternativas para harmonizar o mercado partiu do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Alternativas - O diretor do Departamento de Cana-de-Açúcar e Agroenergia lembrou que o governo tem várias alternativas para adotar, caso seja necessário. Porém, descartou qualquer medida de força para ajustar o mercado de álcool combustível. Bressan afirmou que a partir de abril, quando começa a nova safra de cana-de-açúcar, a situação deve se estabilizar. Ele calcula que o preço do produto deverá cair cerca de 30% no final do primeiro quadrimestre do ano. Atualmente, informou, as usinas vendem o litro do álcool anidro a R$ 1,10 e a R$ 1,00 o hidratado.
Nota conjunta - “O governo avalia que não há motivo para aumento nos preços do álcool”, diz a nota conjunta distribuída pelo Mapa e o Ministério das Minas e Energia. “Os estoques existentes são suficientes para atender o mercado até o início da próxima safra.” Hoje, o estoque do setor privado é de cerca de 4 bilhões de litros. No texto, os dois ministérios reiteram a disposição de buscar com os produtores meios para minimizar os impactos das elevações sazonais do produto, de forma que não interfiram no preço final dos combustíveis ao consumidor. (Fonte: Mapa)