Guido Mantega diz que mantém política econômica

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O novo ministro da Fazenda, Guido Mantega, substituto de Antonio Palocci, garantiu que a política econômica não muda. "Essa política econômica foi a de maior êxito dos últimos 15 anos", afirmou. Para o lugar de Mantega na presidência do BNDES vai Demian Fiocca, vice-presidente da instituição. Em rápida e cuidadosa entrevista, o novo ministro da Fazenda afirmou que as metas de superávit primário "são sagradas", que a política econômica não muda e que o governo tem condições de manter a queda dos juros. Admitiu, porém, mudanças na equipe econômica. "Primeiro vou tomar pé da situação para ver depois se será preciso fazer alguma mudança", disse no Palácio do Planalto logo depois de participar de uma reunião com o presidente Lula e com os ministros da Casa Civil, Dilma Rousseff, da Integração Nacional, Ciro Gomes, das Relações Institucionais, Jaques Wagner, e com o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP).

Lula fiador - O ministro disse ainda que a política econômica não é do ex-ministro Antonio Palocci, mas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que é o seu fiador. "A inflação está sob controle, as contas públicas equilibradas e a vulnerabilidade externa reduzida aos menores patamares". Ele lembrou que a situação é tão favorável que o Brasil pode até programar o pré-pagamento de suas dívidas. Guido Mantega disse que o processo de crescimento econômico continua e que a criação de emprego está mantida. Afirmou que foram gerados 3,7 milhões de empregos e que neste ano a tendência é que essa taxa aumente. Previu crescimento econômico para este ano entre 4% e 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Ele afirmou que o crescimento mais forte em 2006 é o primeiro de uma série e que o País manterá os investimentos na área social em torno de 2,5% do PIB.

Ministro reconhece - O novo ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta terça-feira que a taxa de juros poderia ser mais baixa, mas que não afrouxará o controle da inflação. Ele disse ainda, em entrevista à TV Globo, respeitar a autonomia do Banco Central, mas que irá dialogar sobre os juros, apesar de acreditar que a autoridade monetária já está fazendo sua lição de casa. "Acho que há uma unanimidade no país de que os juros poderiam ser mais baixos. Evidentemente nós não podemos afrouxar o combate da inflação, porque isso é sagrado... Então, preservado o combate à inflação, que é fundamental, nós temos que praticar juros menores no Brasil", disse ele. (UOL Economia)

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