HISTÓRIA: Artur Barthelmess visita a Ocepar
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O professor Artur Barthelmess, acompanhado pela escultora Adriane Muller, visitou na tarde de quarta-feira (03/10), a sede do Sistema Ocepar/Sescoop-PR, em Curitiba. Eles foram recebidos pelo superintendente José Roberto Ricken e Sigrid Ritzmann, bibliotecária. Nascido na Colônia Thereza Cristina, município Cândido de Abreu, o professor Barthelmess (94) é neto de um dos participantes belgas que fez parte da famosa experiência pré-cooperativista que aconteceu em 1847, às margens do rio Ivaí.
Colônia Thereza Cristina - Marco do início do movimento cooperativista no Brasil, esta colônia foi fundada por imigrantes franceses, liderados pelo médico francês Jean Maurice Faivre, que, inspirado no ideário de Charles Fourier tentaram implantar um sistema de produção conjunta com retribuição em razão de seu trabalho, de seu capital (já que todos os integrantes da associação são também cotistas) e de seu talento (todos os associados são elegíveis).
Auto-ajuda e ajuda mútua - Durante a visita realizada à Ocepar, o professor Barthelmess contou que os imigrantes foram divididos em grupos de 12 famílias e uma Associação Central. Cada um destes grupos era independente em suas ações (auto-ajuda) e quando surgiam dificuldades intransponíveis com a produção de um dos grupos, os outros grupos eram procurados para tentar solucionar os problemas (ajuda mútua). Persistindo as dificuldades era acionada a Associação Central.
Agradecimento - A Colônia Thereza Cristina foi assim denominada em agradecimento à imperatriz do Brasil, Thereza Cristina, que estimulou a iniciativa, tendo a Coroa Real brasileira facilitado a vinda e instalação destes imigrantes europeus no Paraná.
Memória - Para o superintendente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, ouvir depoimentos como do professor Artur Barthelmess é muito gratificante. "Ficamos emocionados em ouvir as mensagens do professor. Precisamos resgatar alguns fatos da nossa história, tanto do Paraná como do cooperativismo e sem sombra de dúvida, no alto dos seus 94 anos o Sr. Barthelmess é uma testemunha viva de muitos acontecimentos importantes, os quais, precisam ser guardados para as gerações futuras", lembrou Ricken.