IBGE: Indústria do Paraná está entre as maiores do ranking nacional
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O crescimento da renda gerada pelas indústrias do Paraná, em 2006, fez com que o estado passasse a ocupar a quarta colocação entre as unidades da federação, ultrapassando o Rio Grande do Sul, que até então integrava o grupo das quatro maiores economias industriais. De acordo com a Pesquisa Industrial Anual (PIA) do IBGE, divulgada no último dia 25, o Valor da Transformação Industrial (VTI) do Estado atingiu R$ 36,45 bilhões, o que representou aumento de 12,55% em relação a 2005. A média nacional foi de 9,21% no mesmo período. A análise da pesquisa foi realizada pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).
30 mil novos empregos - "O considerável desempenho da indústria paranaense explica os 30 mil novos empregos formais gerados no setor em 2006. O Paraná foi o Estado brasileiro que mais gerou empregos industriais nos últimos dez anos, totalizando 556.178 postos", apontou o coordenador de análise de conjuntura do Ipardes, Julio Suzuki. No ranking industrial de 2006, a liderança pertence a São Paulo, com participação de 39,29% no VTI do Brasil, seguido pelos estados do Rio de Janeiro (10,88%), Minas Gerais (10,43%), Paraná (6,57%), Rio Grande do Sul (6,53%), Bahia (5,20%) e Santa Catarina (4,50%).
Crescimento - Nos últimos anos, observa-se significativa elevação da importância do Paraná na renda industrial do País, refletindo o fortalecimento das atividades manufatureiras tradicionais, principalmente agroindustriais. Outro destaque foi a incorporação de segmentos intensivos em tecnologia à base produtiva local, que se refere à indústria automobilística. O Estado foi responsável por 5,23% do VTI nacional em 1996, ou seja, a participação paranaense avançou 1,34 ponto percentual no período, por conta de um dinamismo superior ao do setor industrial brasileiro.
Agronegócio - Com base na pesquisa, em 2006, as atividades com as maiores contribuições no crescimento da indústria estadual foram a fabricação de produtos alimentícios, o refino de petróleo e a produção de veículos automotores, que registraram aumentos nominais do VTI de, respectivamente, 21,5%, 20,5% e 15,5%, no confronto com o exercício de 2005. No caso do ramo de alimentos, sobressaíram as performances das indústrias de açúcar e carnes, não deixando dúvida quanto à pujança do agronegócio.
Segmento petroquímico - Já no que se refere ao segmento petroquímico, além da alta dos preços dos combustíveis, houve influência da expansão da produção de alguns derivados, como gasolina e Gás Liquefeito de Petróleo. Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), a produção paranaense de gasolina, concentrada na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), apresentou acréscimo de 10,22% em 2006, enquanto a produção de GLP evoluiu 5,16%. Por fim, o crescimento da indústria de veículos automotores foi sustentado principalmente pela fabricação de automóveis e utilitários. (AEN)