INFORME PECUÁRIO: Publicada nova edição com dados sobre o mercado de carnes e leite

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A Gerência Técnica e Econômica do Sistema Ocepar publicou a edição número 19 do Informe Pecuário com dados sobre o mercado de carnes bovina, suína e de frango. O boletim também apresenta informações sobre o mercado de leite. Confira abaixo.  

Mercado - Carne Bovina

 

Mercado Externo

Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o Brasil embarcou, em junho, 96,4 mil toneladas de carne bovina in natura, totalizando US$384,2 milhões. Este volume foi 6,7% superior aos embarques de maio. Esse valor demonstra que, apesar do ritmo de crescimento das exportações brasileiras, estar abaixo do previsto para 2010, o setor apresenta recuperação. O faturamento, em dólares, também mostra recuperação com aumento de 7,1% comparado a maio e alta de 32,9% em relação ao mesmo período do ano passado. O preço médio da carne bovina in natura exportada em junho subiu 0,4% comparada a maio, fechando em US$3,98 mil/ton.

        

Tabela 01. Resultados das exportações brasileiras de carne bovina in natura (2010/2009).

Valores

 

Périodo

 

Variação (%)

jun/mai      jun

 

Acumulado

jan - jun

Variação (%)

 

mai/10

jun/10

jun/09

 

2010

10/09

 

2010

2009

10/09

Volume

(mil ton)

 

90,4

96,4

89,9

 

6,64

7,29

 

486,7

454,8

7,03

Valor

(milhões US$)

 

358,8

384,2

289,2

 

7,09

32,87

 

1.841,9

1.359,3

35,51

US$/ton

 

3.970

3.986

3.219

 

0,40

23,84

 

3.784

2.989

26,61

Fonte: MDIC, 2010. Elaboração: Ocepar/Getec, 2010.

 

Mercado Interno

A oferta de animais prontos para abate está cada vez menor no mercado pecuário brasileiro, o que tem sustentado os preços da arroba desde meados de maio, conforme dados do Cepea. Frigoríficos têm dificuldade em preencher as escalas de abate, ao passo que pecuaristas que ainda detém alguns lotes têm elevado os preços. Esse cenário tem reduzido a liquidez no mercado. A entrada e a saída de compradores nos últimos dias também influenciaram os preços da arroba. Entre 23 e 30 de junho, o Indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa teve alta de 1,45%, fechando a R$ 84,07 no final do mês. No acumulado de junho, o aumento foi de 2,83%. (Fonte: Cepea - www.cepea.esalq.usp.br)

 

Mercado - Carne Suína

 

Mercado Externo

Segundo dados do Ministério da Indústria, Desenvolvimento e Comércio exterior, a carne suína teve uma receita cambial de 108,4 milhões de dólares, um crescimento de 14,6% sobre junho de 2009. Em volume ocorreu um aumento de 5,5% em relação ao mês passado. Apenas o preço médio por tonelada teve baixa de 4,5%. Ainda assim, a receita se manteve em alta no decorrer do período, devido aos melhores preços no mercado. Os principais compradores foram Rússia, Hong Kong e Ucrânia.

 

Tabela 02. Resultados das exportações brasileiras de carne suína in natura (2010/2009).

Valores

 

Périodo

 

Variação (%)

jun/mai      jun

 

Acumulado

jan - jun

Variação (%)

 

mai/10

jun/10

jun/09

 

2010

10/09

 

2010

2009

10/09

Volume

(mil ton)

 

39,2

41,3

47,5

 

5,48

-12,97

 

232,0

259,4

-10,57

Valor

(milhões US$)

 

107,6

108,4

94,6

 

0,78

14,58

 

605,5

532,1

13,81

US$/ton

 

2.745

2.623

3.219

 

-4,44

-18,52

 

2.610

2.051

27,26

Fonte: MDIC, 2010. Elaboração: Ocepar/Getec, 2010.

           

Mercado Interno         

O mercado de suínos na última semana do mês de junho se manteve estável, com preço de comercialização apresentando pequenas alterações. Em alguns estados, a oferta está sendo considerada excedente e a demanda está abaixo do esperado, o que vem ocasionando queda no preço do suíno vivo em boa parte das regiões produtoras. O Paraná apresentou alterações positivas na cotação do suíno vivo, que está sendo comercializado em até R$ 2,30, um aumento de R$ 0,10 a mais que na penúltima semana do mês. Segundo a Associação Paranaense de Suinocultores (APS) os produtores da região oeste e sudoeste do estado comercializaram a R$ 2,10 o quilo do suíno vivo. A expectativa ainda é uma mudança de consumo, que tende a aumentar com o período do inverno.

 

 

Mercado - Carne de Frango

 

Mercado Externo

A receita cambial das exportações brasileiras de carne de frango in natura ultrapassou a casa dos US$500 milhões. Em junho, conforme a SECEX/MDIC, o produto rendeu para o País US$509,1 milhões. Anteriormente, essa marca só havia sido ultrapassada em seis ocasiões, ou seja, entre maio e outubro de 2008. A eclosão da crise econômica mundial interrompeu o processo, agora retomado. O volume embarcado no mês foi de 307.338 mil toneladas, 5,9% a mais que o registrado no mês anterior. O preço médio obtido foi de US$1.656,45/tonelada, sendo 2,2% e 9% acima dos preços médios verificados, respectivamente, no mês anterior e no mesmo mês do ano passado.

 

Tabela 03. Resultados das exportações brasileiras de carne de frango in natura (2010/2009).

Valores

 

Périodo

 

Variação (%)

jun/mai      jun

 

Acumulado

jan - jun

Variação (%)

 

mai/10

jun/10

jun/09

 

2010

10/09

 

2010

2009

10/09

Volume

(mil ton)

 

290,3

307,3

301,8

 

5,87

1,83

 

1.646,7

1.629,0

1,09

Valor

(milhões US$)

 

470,5

509,1

458,4

 

8,20

11,05

 

2.663,2

2.251,3

18,29

US$/ton

 

1.621

1.656

1.519

 

2,20

9,05

 

1.617

1.382

17,02

Fonte: MDIC, 2010. Elaboração: Ocepar/Getec, 2010.

 

Mercado Interno         

O preço da carne de frango fechou com ligeira alta no acumulado de junho mesmo com o aumento da oferta da carne nos últimos dias. Segundo pesquisas do Cepea, nesse período, tanto o frango resfriado e quanto o congelado valorizaram 0,7% no atacado da Grande São Paulo, negociados a R$ 2,28 o kg e a R$ 2,44 o kg, respectivamente. O preço do frango vivo, no entanto em junho. O quilo da ave foi comercializado a R$ 1,47 na média do Estado de São Paulo, baixa de 2,2% no mês. No estado do Paraná a cotação aponta o valor de R$ 1,48 para o quilo da ave viva.

           

Mercado - Leite

 

Mercado Externo

Nas transações externas, segundo dados da Secex, no acumulado de janeiro a maio, houve diminuição de 30% do volume embarcado comparativamente a igual período de 2009; frente à parcial de 2008, exportou-se menos da metade, com as 21,8 mil toneladas de 2010 representando apenas 44% do acumulado no início daquele ano. Quanto às importações, as 41,7 mil toneladas deste ano são 24% menores que o volume de 2009, mas superam em 40% o total de janeiro-maio de 2008 - foram considerados somente os produtos do Capítulo 4 da Nomenclatura Comum do Mercosul.

           

Mercado Interno         

Após quatro meses em alta, o preço médio do leite pago aos produtores em junho voltou a recuar. De acordo com pesquisas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, a "média nacional", que considera os estados de RS, PR, SC, SP, MG, GO e BA, foi de R$ 0,7718/litro (preço bruto) em junho, redução de 3,3% ou 2,7 centavos por litro frente ao mês anterior. Analisando as médias exclusivamente dos meses de junho, a atual ainda é a maior da série do Cepea (nominal) - iniciada em 1994. Em relação a junho de 2009, a alta ainda é de 8,9%.

 

A queda de preços em pleno período de entressafra é atípica. Desde 1997, é a primeira vez que há redução de preços de maio para junho. De acordo com agentes do setor, entre os fundamentos para esse comportamento estão os estoques relativamente altos de leite UHT, as elevadas importações de lácteos, principalmente do Uruguai e da Argentina, e o fraco desempenho das exportações. Além disso, a captação de leite no Sul do País já mostra sinais de aumento, em função da produção de forrageiras de inverno (aveia e azevém) neste período do ano.

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