INSUMOS: Empresa paulista vai explorar mina de fosfato e urânio

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A Galvani, uma das principais empresas de fertilizantes do País, com sede em Campinas (SP), venceu a concorrência pública das Indústrias Nucleares do Brasil (INB) para exploração da mina de urânio e fosfato de Santa Quitéria, no Ceará, em sua primeira parceria com a iniciativa privada. Além de querer atender à necessidade do mercado brasileiro em 2015, a empresa poderá inclusive tornar-se exportadora de urânio depois disso. De acordo com matéria publicada no Revista Líderes, edição de setembro, a disputa colocou lado a lado da Galvani as gigantes Companhia Vale do Rio Doce e Bungue. Venceu aquela que apresentou a melhor condição técnica e mais conhecimento no segmento de fertilizantes. "Já vínhamos estudando este projeto há 15 anos. Com ele, teremos a oportunidade de contribuir de forma relevante com o País em dois setores fundamentais: o agronegócio, através da oferta de fosfato, e o energético, com maior disponibilidade de urânio para produção de energia", contou o presidente da empresa, Rodolfo Galvani Júnior.

Produção - A Galvani vai entrar no empreendimento com todo o investimento financeiro inicial, de US$ 377 milhões, sendo US$ 342 milhões na área de fosfato - de interesse da mineradora - e US$ 35 milhões para a implantação da unidade de urânio, de que a INB detém o monopólio no País. A estatal entrará na parceria com o direito de exploração da mina. A expectativa é de que, a partir do final de 2013, a mina já esteja produzindo, mas de forma ainda incipiente. A partir de 2014, a produção de fosfato deverá chegar a 180 mil toneladas anuais, e a de urânio, a 1,125 mil toneladas. Mas o topo da produção da mina deverá ser alcançado somente no ano seguinte, quando serão produzidas 240 mil toneladas de fosfato, contra 1,5 mil toneladas de urânio.

Meta é diminuir importação - A produção de fosfato vai representar um incremento de 10% na atual capacidade nacional de produção de fosfato, permitindo assim a redução das importações brasileiras, que hoje representam cerca de 55% do consumo nacional.  É importante ressaltar que o Brasil ocupa a 7.ª posição no ranking dos países produtores de fosfato. Em 2007, por exemplo, a produção brasileira foi de apenas 6 milhões de toneladas, ficando atrás da China (35 milhões de toneladas), EUA (29,7 milhões de toneladas), Marrocos (28 milhões de toneladas), Rússia e Tunísia. A vida útil da mina é estimada em ao menos 30 anos. O projeto inicial prevê exploração de 21 anos. A exploração do fosfato se dá num momento importante para o País, já que a proposta é melhorar a qualidade do solo da região do cerrado brasileiro e, conseqüentemente, aumentar o plantio de matérias-primas para biocombustíveis. Diante disso, a Galvani não descarta a possibilidade de prospectar também em outras regiões.  (Com informações Revista Líderes)

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