LARANJA: Vitória no suco

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Os EUA desistiram de recorrer contra a vitória do Brasil na disputa do suco de laranja na OMC. Além disso, Washingt on concordou em retirar até março de 2012 as taxas antidumping consideradas ilegais que impõe à entrada do produto brasileiro. O Órgão de Solução de Controvérsias da OMC formalizou sua decisão depois que os EUA desistiram de recorrer ao Órgão de Apelação, a "corte suprema" do comércio internacional. A decisão da OMC foi clara: os EUA violaram as regras internacionais ao utilizar a metodologia conhecida como "zeroing" tanto na investigação como depois, na revisão do suposto dumping do suco brasileiro. Pelo "zeroing", os EUA excluem do cálculo da margem de dumping as exportações com valor superior à cotação do produto no mercado doméstico. Assim, inflam o cálculo e a sobretaxa aplicada sobre o suco importado.

Primeira vez - Usando o "zeroing", os EUA impuseram primeiro sobretaxas de 12,46% à entrada dos produtos das brasileiras Fischer Comércio e Industria, dona da Citrosuco, e de 19,19% nos produtos da Cutrale. O Brasil comemorou a decisão americana de não recorrer e a considerou uma "importante mudança de atitude" Foi a primeira vez que Washington não contestou uma decisão da OMC sobre essa metodologia.

 

Preço mínimo - O presidente da Associação Brasileira de Citricultores (Associtrus), Flavio Viegas, fez duras críticas ao preço mínimo que terá de ser garantido pelas indústrias de suco de laranja aos citricultores caso elas recorram à linha de crédito de R$ 300 milhões criada pelo governo para a formação de estoques da commodity. Os produtores reivindicavam R$ 15 por caixa de 40,8 quilos, mas o piso ficou em R$ 10. Como as indústrias reunidas na Associação Nacional dos Fabricantes de Sucos Cítricos (CitrusBR) - Cutrale, Citrosuco, Citrovita e Louis Dreyfus - preveem uma safra gorda, iniciaram a safra atual oferecendo R$ 7 por caixa no mercado spot de São Paulo, maior Estado produtor do país. Pressionaram que o piso para a linha de crédito fosse R$ 9, e fecharam em R$ 10 com divisão futura de lucros se a tonelada do suco vendido superar US$ 2.100. (Valor Econômico)

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