MAQUINÁRIO AGRÍCOLA: Setor de máquinas do RS precisa de R$ 1,2 bi para contornar crise

O vice-presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas do Rio Grande do Sul, Jalmar Martel, disse seria necessário um aporte mínimo de R$ 1,2 bilhão com pagamento a longo prazo para que o setor se recupere da crise dos últimos três anos. Pela proposta apresentada ao governo, o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) compraria as ações das empresas, que poderiam recomprar os papéis quando a situação financeira estiver regularizada. Operações deste tipo já foram realizadas pela BNDESpar, coligada do BNDES, que previa a recompra posterior das ações por parte das empresas.

Demissões - O vice-presidente da Simers, que se reuniu com o secretário executivo do ministério da Agricultura, Silas Brasileiro, para expor a situação do setor, disse que a crise levou as empresas gaúchas a demitir cerca de 15 mil pessoas, quase 50% dos 30 mil trabalhadores da área. Ele disse ainda que estas indústrias estão trabalhando com cerca de 50% da capacidade ociosa. Martel calcula que o passivo das fabricantes de máquinas e implementos agrícolas, entre tributos, bancos e fornecedores, esteja em torno de R$ 2 bilhões. Segundo ele, é preciso solucionar a crise do setor, já que as dívidas poderão levar muitas empresas ao Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin). (Agência Estado)