MEIO AMBIENTE II: Lula discute clima com os países da Amazônia
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Os países da região amazônica e a França se reúnem nesta quinta-feira (26/11), em Manaus, para tentar articular uma proposta conjunta a ser apresentada na conferência sobre mudanças climáticas de dezembro, em Copenhague. A região, que tem interesse em mecanismos de preservação da floresta, deve insistir na importância de os países ricos aprovarem formas de ajuda financeira aos países em desenvolvimento. O valor dessa ajuda, uma das grandes incógnitas da cúpula da Copenhague, ainda está em discussão e deve ser um dos temas da reunião na capital do Amazonas.
Presenças confirmadas - Até esta terça-feira (24/11), haviam confirmado presença os presidentes de Brasil, Venezuela, Guiana e Colômbia. O Peru deve mandar o vice-presidente; o Equador, o chanceler. A Bolívia, que está na reta final da campanha presidencial, ao que tudo indica enviará um ministro. A França entra no grupo por ser o único país de fora do continente a manter um departamento ultramarino na região amazônica, a Guiana Francesa.
Anúncio - A posição brasileira na cúpula de Manaus foi anunciada nesta quarta-feira (24/11) pelo porta-voz da Presidência da República, Marcelo Baumbach. Para cumprir os objetivos a que se propõe (a redução de 36,1% a 38,9% das emissões, no período de uma década), o Brasil precisa da ajuda financeira dos países ricos. Do ponto de vista brasileiro, o resultado de Copenhague "precisa incluir pacote financeiro e tecnológico substancial de apoio ao conjunto das ações dos países em desenvolvimento", disse Baumbach. Até agora, não se sabe se esse pacote sairá na cúpula de Copenhague ou se ficará para ser negociado e definido em 2010.
Negociações - Segundo o porta-voz, "não está claro ainda se Brasil vai registrar esses números [a meta voluntária proposta pelo governo] em Copenhague, porque tudo depende das negociações e do conjunto de compromissos assumidos pelos outros países". Depende inclusive os compromissos financeiros. A diplomacia brasileira considera fundamental que os países da região amazônica cheguem a Copenhague com uma proposta comum, de modo a fortalecer as reivindicações da região. "Nesse sentido, o presidente espera que o grupo dos países amazônicos e França possa apresentar mensagem ambiciosa sobre os temas de maior relevância para a região." (Valor Econômico)