MÉRITO FITOSSANITÁRIO: Coopermibra é finalista em prêmio nacional

O trabalho de diagnose de doenças foliares da soja (Projeto Olho vivo), desenvolvido pela Coopermibra - Cooperativa Mista Agropecuária do Brasil, em parceria com a Faculdade Integrado e a Iharabras, é um dos finalistas da 11ª edição do Prêmio Mérito Fitossanitário. O prêmio é concedido pela ANDEF - Associação Nacional de Defesa Vegetal, para os melhores programas de fitossanidade desenvolvidos por empresas associadas, pelos canais de distribuição (cooperativas e revendas) e pelas entidades gerenciadoras de centrais de recebimento de embalagens de defensivos agrícolas apresentaram.

Categorias - Os trabalhos são classificados em categoria: Indústria, Canal de Distribuição e Campo Limpo, e concorrem nas modalidades de: Empresa, Profissional e Projeto de Educação e Treinamento. A Coopermibra foi classificada na categoria Canal de Distribuição na modalidade Projeto de Educação e Treinamento. Os demais concorrentes nessa classificação são as empresas AgroAmazônia, Coopercitrus e Sinagro. A escolha dos finalistas aconteceu depois das apresentações feitas pelos participantes no dia 29 de abril, na Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", ESALQ, em Piracicaba-SP. O prêmio será entregue no dia 29 de maio, no auditório da Coplacana, também em Piracicaba-SP.

Julgamento - Rubens Angulo Filho, presidente da comissão executiva e diretor presidente da Fealq, Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz, considera que, esse ano, o processo de julgamento tenha sido mais detalhado. "Tivemos melhor avaliação por conta de algumas mudanças no regulamento, que possibilitou acesso a mais informações sobre os trabalhos", afirma. "Ano a ano, essas melhorias que vão acontecendo dão mais crédito ao Prêmio".

Diagnose - O Olho Vivo é um projeto pioneiro desenvolvido numa parceria entre a Coopermibra, Faculdade Integrado e a Iharabrás S/A Indústrias Químicas, que oferece a análise gratuita para a identificação das doenças foliares que podem infectar as lavouras de soja. Esse trabalho é de suma importância pois, dependendo do estágio de desenvolvimento, muitas doenças foliares da soja apresentam sintomas semelhantes, o que dificulta sua identificação no campo. Mas com o diagnóstico preciso e ágil feito na Coopermibra, o produtor sabe com certeza que tipo de doença está atacando sua lavoura e ainda com qual intensidade.

Benefício - O maior benefício para os agricultores nesse caso, é saber que tipo de defensivo e qual a quantidade deve ser aplicada para o eficaz combate das doenças. Assim, ele evita aplicações desnecessárias de agrotóxicos e, conseqüentemente, reduz os custos de sua produção e contribui para preservação do meio ambiente. Outro diferencial do Olho Vivo em relação a programas similares, é que todo o trabalho é desenvolvido sob a coordenação da doutora em fitopatologia Solange Maria Bonaldo, da Faculdade Integrado. As análises são feitas por ela e por acadêmicos do curso de Agronomia do Integrado que passam por um rigoroso processo de seleção e treinamento. No ano passado, por exemplo, o projeto recebeu um grande número de inscrições, mas somente 27 acadêmicos foram escolhidos e apenas seis foram selecionados.

Doenças foliares - Essa equipe foi a responsável pela identificação de mais de 3,8 mil ocorrências de doenças foliares da soja em 2044 amostras provenientes de lavouras da área de atuação da Coopermibra durante a safra 2007/2008. De acordo com o relatório divulgado no encerramento do programa, o maior índice de ocorrências registrado, 62%, foi do Míldio. A Bacteriose ficou em segundo com 43% dos casos. E o terceiro colocado, com 19,8% das ocorrências, foi o Oídio. A Ferrugem Asiática foi detectada em 15,6% das amostras. Além da ferrugem o projeto identificou a presença de mais 13 diferentes tipos de doenças foliares da soja. Segundo a doutora Solange, esse resultado serve de alerta para produtores e técnicos com relação ao aumento da incidência e severidade destas doenças na região. (Imprensa Coopermibra)