MUNDO I: PIB da China cresce 8,7% e deve se tornar o 2º do mundo

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O Produto Interno Bruto da China cresceu 8,7% no ano passado, acima da meta oficial de 8%, anunciou o governo. Segundo a BBC Brasil, o PIB do país somou US$ 4,9 trilhões no período, o mesmo registrado no Japão em 2008. Como se prevê uma retração de cerca de 6% no PIB japonês em 2009, a China deve ter ultrapassado o colega asiático no ano passado, tornando-se a segunda maior economia do mundo. Os dados do Japão serão anunciados em fevereiro. Junto com o desempenho do PIB da China acima do previsto, veio também a inesperada alta de preços no mês de dezembro, o que colocou o governo em alerta para os riscos de inflação, superaquecimento da economia e surgimento de bolhas no mercado imobiliário.

Restrições ao crédito - A divulgação dos dados chineses reforçou a percepção de analistas de que o governo deverá adotar medidas de restrição do crédito - incluindo a alta dos juros - e retomar o processo de valorização do yuan em relação ao dólar. "Nós estamos tentando promover o crescimento econômico e controlar a inflação ao mesmo tempo, o que é uma tarefa muito difícil", afirmou nesta quarta-feira (20/01) o diretor do Escritório Nacional de Estatísticas, Ma Jiantang, ao divulgar os dados de 2009. Segundo ele, a contenção dos preços será a principal preocupação do governo em 2010.

Bolhas - Outro desafio será evitar o surgimento de bolhas de ativos, principalmente no setor imobiliário, que já dá sinais de descontrole. "O preço de ativos está crescendo muito rapidamente e a alta do preço dos imóveis em algumas cidades se intensificou", disse Ma, ressaltando que o objetivo do governo é "estabilizar" o mercado. O diretor do Escritório de Estatísticas observou que os responsáveis pela política econômica estão "trabalhando" na tarefa de conciliar crescimento e controle de preços, mas não revelou quais medidas estão em análise. O ritmo de expansão do PIB chinês atingiu 10,7% no quarto trimestre, bem acima dos 6,2% que haviam sido registrados no período de janeiro a março - no segundo e terceiro trimestres o índice foi de 7,9% e 9,1%, respectivamente.

Per capita - Apesar disso, Ma ressaltou que o PIB per capita chinês ainda é bem inferior ao dos países desenvolvidos: "Não importa a posição que ocupemos no ranking nós temos que encarar o fato de que existem 150 milhões de pessoas pobres no país, se for considerado o critério de renda de até US$ 1,00 por dia". E esses pobres são especialmente vulneráveis à inflação. O índice de preços ao consumidor fechou o ano em terreno negativo, com queda de 0,7%, mas se acelerou nos dois últimos meses do ano. Em novembro, o indicador teve alta de 0,6% em relação a igual período do ano passado. No mês seguinte, o percentual saltou para 1,9%, acima das previsões dos analistas, que esperavam elevação de 1,6% a 1,7%. (Agência Estado)

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