OCEPAR II: O que precisa ser feito diante da crise

  • Artigos em destaque na home: Nenhum

Durante o encontro do presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, na manhã desta sexta-feira (17/10) na sede da Ocepar, foi entregue um documento com uma série de sugestões para amenizar os impactos negativos da crise financeira mundial sobre o agronegócio brasileiro. Neste documento o sistema cooperativista propõe ao governo federal a implementação das seguintes medidas:

•·                     Destinar 30% dos recursos dos depósitos compulsórios liberados aos agentes financeiros para aplicação no setor produtivo primário e para exportações do agronegócio. Caso o restante dos recursos não sejam utilizados pelos agentes financeiros para gerar liquidez no mercado de crédito, sugere-se o seu repasse ao BNDES para aplicação em projetos de desenvolvimento.

•·                     Prorrogar os vencimentos dos financiamentos de capital de giro, investimento (FINAME, BNDES Agropecuário, BNDES Automático, FINEM - Financiamento a Empreendimentos, dentre outros) e comercialização das empresas do setor produtivo que vencerão nos próximos 120 dias até normalizar a situação de aperto de oferta de recursos.

•·                     Disponibilizar recursos de crédito rural para custeio em montante suficiente para atender às demandas dos produtores rurais.

•·                     Garantir a oferta de recursos para financiamento da comercialização da safra em montante suficiente para viabilizar o seu escoamento (especialmente para o trigo através dos seguintes instrumentos de comercialização: PEP, PROP e EGF).

•·                     Estender os leilões de PEP para, qualquer destino, exceto região sul e sedeste, objetivando viabilizar a exportação de milho.

•·                     Garantir recursos para dar continuidade aos projetos de investimento enquadrados nos programas previstos no Plano Agrícola e Pecuário 2008/09.

•·                     Garantir a disponibilização de recursos para ACC para exportação de produtos agrícolas, através dos bancos públicos e privados, com prazos de 360 dias e juros de 7% ao ano.

•·                     Liberar os recursos do FAT para aplicação em crédito rural.

•·                     Avaliar as posições tomadas com moeda estrangeira e elaborar programas de recomposição dessas dívidas.

•·                     Destravar as linhas de crédito para giro e viabilizar a renovação das operações existentes.

•·                     Abrir Linha de Crédito com recursos das reservas internacionais, para compensar as empresas exportadoras do agronegócio, em razão da desvalorização do câmbio. Contemplar a diferença entre as variações médias do dólar de setembro e 10 de outubro de 2008.

Conteúdos Relacionados