OMC: Restrições sanitárias da UE \"inquietam\" Brasil

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O Brasil apontou nesta segunda-feira (6/04) uma "tendência inquietante" da União Europeia, seu principal parceiro comercial, de impor medidas sanitárias e fitossanitárias mais restritivas do que os padrões internacionais para barrar a entrada de produtos agrícolas em seus 25 países- membros. Reclamou também que Bruxelas procura "multilateralizar" (incluir em acordos internacionais, a ser seguido por todos os países) práticas desenhadas para as condições europeias, como as exigências sobre rastreabilidade de produtos animais. A delegação brasileira aproveitou o exame da política comercial da UE, nesta segunda-feira, na Organização Mundial do Comércio (OMC), para apontar uma série de preocupações em relação ao parceiro com o qual fez US$ 80 bilhões de comércio em 2008.

Acúmulo de subsídios - Exemplificou que, no caso de algumas commodities, a União Europeia continua a acumular diferentes tipos de subsídios, alimentando dúvidas sobre o efeito final da sua reforma da Política Agrícola Comum (PAC). Considerou ser razão de "embaraço" para Bruxelas a concessão de bilhões de dólares de subsídios para as exportações agrícolas. Recentemente, retomou as subvenções para exportações de lácteos, enviando o sinal errado no pior momento possível.

Contestação -  A delegação brasileira contestou dados do secretariado da OMC sobre acesso ao o atual nível de tarifas impostas pelos europeus. Também reclamou da escalada tarifária praticada por Bruxelas, que leva a Alemanha a ser o maior exportador de café processado no mundo, embora seja difícil encontrar uma planta de café na Europa fora dos jardins botânicos. A UE retrucou insistindo que todas suas medidas são compatíveis com as regras internacionais e que tem resistido ao protecionismo apesar do enorme impacto da crise sobre sua economia, que deve sofrer contração de mais de 3% este ano. (Valor Econômico)

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