OPINIÃO: As melhores cidades para viver e fazer carreira

* Dilceu Sperafico

A população de Toledo e outros municípios do Oeste do Paraná tem novos motivos para comemorar o desenvolvimento econômico e humano da região.

São resultados de pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), sobre as 100 melhores cidades brasileiras para fazer carreira profissional.

Na relação, elaborada com base em índices educacionais, econômicos e de saúde pública, divulgada pela revista Você S/A, aparecem grandes cidades paranaenses, como Curitiba, Maringá e Londrina.

Elas lideram o ranking paranaense, aparecem muito bem na Região Sul e estão entre as 33 melhores cidades do País para evoluir profissionalmente.

No caso específico de Londrina e Maringá, o levantamento destacou existência de boas universidades, rede médica acima da média, grande oferta de cursos de aperfeiçoamento para executivos e desenvolvimento dos setores de serviços e agronegócio.

São Paulo, pelo 6º ano consecutivo, foi considerada a melhor cidade do Brasil para fazer carreira, pelo desenvolvimento econômico, integração à globalização e disponibilidade de profissionais qualificados no mercado de trabalho.

O maior diferencial entre as cidades pesquisadas foi oferta de cursos superiores, o que igualmente destacou Maringá e Londrina como pólos universitários.

A pesquisa abrangeu as 139 maiores cidades brasileiras. Se fosse estendida aos municípios de médio porte, com mais de 50 mil habitantes, certamente Toledo e outras cidades da região apareceriam muito bem no ranking.

Toledo, com população de 107 mil habitantes, tem orçamento da administração direta de R$ 141,8 milhões em 2007. A frota registrada é de 47 mil veículos automotores - um carro para cada 2,27 habitantes.

O município detém o 3º lugar em Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), entre as 10 maiores cidades do Paraná e ostenta o 10º lugar em Produto Interno Bruto (PIB) Total do Paraná e 162º lugar no Brasil.

Ocupa o 5º lugar em PIB Per Capita entre as 10 maiores economias do Paraná, 31º entre os 399 municípios do Estado e 542º entre os 5.564 municípios do País.

O PIB Per Capita de R$ 16.005,25 em 2003, comparado ao rendimento das capitais brasileiras, só ficou abaixo de Vitória (ES), com R$ 26.534,00, graças aos benefícios da indústria petrolífera, e de Brasília (DF), devido aos altos cargos do serviço público, com R$ 16.920,00.

Curitiba, naquele ano, apresentou PIB Per Capita de R$ 9.105,00. Voltando ao agronegócio, Toledo detém o 1º lugar em PIB Agropecuário do Paraná e Região Sul e 11º do Brasil. É 1º lugar em rebanho suíno do Paraná e 1º lugar por município do Brasil e 1º lugar em plantel de frangos do Estado.

No gado de leite, é 3º lugar em bacia por município do Paraná, 1º lugar em produção por microrregião da Região Sul e 4º lugar do Brasil e 2º lugar em produtividade da Região Sul e do País.

É ainda 1º lugar em piscicultura comercial do Paraná e 3º lugar em valor adicionado - transformação agroindustrial -, do Estado. Na área urbana, são 29.066 empregos com carteira assinada, o equivalente a 27,5% de toda a população, incluindo idosos, adolescente e crianças.

No País, a média é de três empregos informais para cada vaga formal. Considerando os 2.540 servidores públicos municipais efetivos, temporários, estagiários, comissionados e da Emdur, mais servidores públicos federais e estaduais, o índice de trabalhadores formais de Toledo é de cerca de 32% da população.

No ensino superior, Toledo possui seis campi de cinco instituições, das quais duas públicas, uma federal tecnológica e outra estadual multicampi, além de quatro extensões, com 40 cursos de graduação, diversos cursos de pós-graduação e mestrado e oito mil acadêmicos.

Se Maringá e Londrina conquistaram posições graças ao ensino superior e agronegócio, portanto, Toledo, para nosso orgulho, proporcionalmente talvez se destaque ainda mais entre as melhores cidades do País para viver e fazer carreira profissional.

* O autor é deputado federal pelo Paraná.