PLANO SAFRA: Aumento dos preços mínimos devem incentivar investimento na mandioca
- Artigos em destaque na home: Nenhum
O aumento dos preços mínimos de itens da cadeia produtiva da mandioca, autorizado pelo Governo Lula por meio do Plano Agrícola e Pecuário 2008/2009, confere maior segurança ao produtor para investir na cultura, e maior volume de recursos na aquisição de empréstimos bancários, visto que os valores financiados pelo Governo são baseados nos preços mínimos. A análise é do Presidente da Cadeia Produtiva da Mandioca e Derivados, João Eduardo Pasquini, que também é Conselheiro da ABAM (Associação Brasileira dos Produtores de Amido de Mandioca).
Variação - A raiz aumentou 49,77%, o que elevou para R$ 98,85 o preço da tonelada nas Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, e R$ 106,12 nas Regiões Norte e Nordeste. A farinha teve acréscimo de 39,29%, sendo que a saca de 50 quilos, no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, passou para R$ 23,68; e, no Norte e Nordeste, para R$ 26,83. A fécula/amido aumentou 27,77%. No Sul, Sudeste e Centro-Oeste o preço mínimo do quilo do produto ficou em R$ 0,69. Nas Regiões Norte e Nordeste, o amido de mandioca não é cotado. Lá a referência similar é a goma/polvilho, que teve seu preço elevado para R$ 0,74 o quilo.
Articulação - Pasquini lembra que o setor vem se articulando desde o ano 2003 pra conseguir melhorar os preços mínimos do setor. Outro benefício trazido pelo Plano, sinalizado por Pasquini, é a ampliação do volume de financiamento para custeio da produção, que aumentou de R$ 300 mil para R$ 400 mil, com juros controlados de 6,75% ao ano, o que, em sua análise, traz incentivo ao setor. O Presidente da ABAM, Ivo Pierin Júnior, pondera que o aumento dos valores de financiamentos contribui para equilibrar os aumentos de custos para o produtor. Ele considera que os preços mais elevados favorecerão operações de EGF (Empréstimo do Governo Federal) e LEC (Linha Especial de Crédito), uma vez que, quando a indústria faz uma operação de crédito através de EGF e LEC o banco usa o preço mínimo como referencial para definir a liberação de recursos.