PLANO SAFRA VI: CNA avalia Plano Safra como conservador, mas admite pontos positivos

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Apesar de considerar conservador o Plano Agrícola e Pecuário 2009/2010, lançado nesta segunda-feira (22/06) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Londrina (PR), a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) informou que o plano "traz medidas positivas, como o crédito mais barato para o médio produtor, o mais prejudicado pela escassez de dinheiro.

Pleito - Enquanto a confederação pediu para que o governo disponibilizasse R$ 120 bilhões para financiar a produção empresarial, o plano oferece R$ 92,5 bilhões. A agricultura familiar ficará com R$ 15 bilhões. "O volume de recursos divulgado ficou abaixo do esperado, porém seu eventual impacto negativo foi amenizado pela redução dos custos de produção e a conseqüente redução da demanda de recursos", explicou a CNA em uma nota técnica na qual compara o que foi pedido pelo setor e o que o governo disponibilizará.

Garantia de acesso - A entidade considera, neste momento, a garantia de acesso ao crédito mais importante do que o volume, na medida em que vários produtores não conseguem financiamento por causa da inadimplência do setor. Para solucionar a situação, a CNA vem propondo a criação de um fundo garantidor, que funcionaria como avalista para os empréstimos tomados pelos agropecuaristas.

Urgência - O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, pediu em discurso em Londrina, para que o Congresso aprove em regime de urgência a criação do fundo. Segundo estudos do governo e de entidades do setor, o valor do novo mecanismo, que pode dar início a uma nova fase da produção agropecuária brasileira, ficaria em torno de R$ 7 bilhões.

Destaque - Para a senadora Kátia Abreu (DEM-TO), presidente da CNA, os pontos de destaque no Plano Agrícola e Pecuário 2009/2010 são a elevação dos recursos para os investimentos de R$ 10 bilhões para R$ 14 bilhões, a criação do Programa de Capitalização das Cooperativas Agropecuárias (Procap-Agro) e a extensão do Programa de Geração de Emprego e Renda (Proger Rural) ao médio produtor, com o aumento do limite de renda bruta anual, de R$ 250 mil para R$ 500 mil. (Agência Brasil)

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