PLANTIO DIRETO: Técnica ameniza efeito da seca e aumenta a produtividade

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O esforço do governo estadual para que o plantio direto seja retomado se deve ao duplo benefício do sistema: ao meio ambiente, evitando erosões no solo e contaminações aos rios, e ao produtor, que com um solo mais nutritivo consegue maior produção.

Circular técnica - Conforme aponta a Circular Técnica 58 da Embrapa, de setembro de 2008, quem adota o plantio direto vê a produção cair cerca de 4% nos primeiros três anos da adoção do sistema em comparação ao plantio convencional. No entanto, a partir do quarto ano, vê aumentar em 19% e, a partir do décimo ano, registra crescimento de 39%, conforme estudos do órgão. Isso significa que a cada 2,6 anos o produtor ganha uma safra.

Estudos - Estudos também apontam que, às 14 horas no verão, foram verificadas temperaturas acima de 40 graus na superfície de solos de plantio convencional. No de plantio direto, ficaram inferiores a 35 graus, o que se reverte em menor evaporação da água. "Por conseguir reter mais a água, o plantio direto reduz as perdas em estiagens. Isso também ocorre porque o sistema defende que não seja usada uma única variedade de soja, como a precoce, muito utilizada hoje. Se se planta variedades com ciclos diferentes, a estiagem pode ocorrer no período crítico de desenvolvimento de uma variedade, mas não na de outra planta, e a perda não será tão grande" , explica o pesquisador da Embrapa, Júlio Cezar Franchini. (Gazeta do Povo)

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