PORTO: Appa inicia processo para dragagem

A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) anunciou na sexta-feira (03/09) o início do processo que possibilitará a dragagem do Porto de Antonina. A minuta do edital está em fase final de redação, porém o início das obras depende da concessão de licenciamento ambiental junto ao Instituto Nacional do Meio Ambiente (Ibama), que permitirá também as dragagens no Canal da Galheta e no berço do Porto de Paranaguá. O superintendente da Appa, Mário Lobo Filho, espera que as obras comecem até o fim deste ano.

Profundidade - Em Antonina, a dragagem vai aumentar a profundidade da água nos terminais Ponta do Félix e Barão de Teffé. Em Ponta do Félix, que está arrendado para a iniciativa privada, o calado (parte do navio que fica submersa) será ampliado para 9,5 metros de profundidade, possibilitando a entrada de navios de fertilizantes, por exemplo. "Como os portos do Paraná são grandes exportadores de soja, é fundamental que também possam receber os fertilizantes para estas lavouras", relaciona Lobo Filho. Atualmente, a profundidade da água em Ponta do Félix é de 7 metros.

Barão de Teffé - O terminal Barão de Teffé, que tem calado de 5,79 metros (19 pés), será aprofundado para 6 metros. "Nós temos um problema com o leito do terminal, que é composto por pedras. Então a dragagem é menor", explica o superintendente. Após a dragagem, o terminal poderá voltar a atender operações de cabotagem e com barcaças.

Histórico - Em Paranaguá, a dragagem do berço dos terminais e do Canal da Galheta é discutida há cinco anos, mas esbarra na falta de licenciamento ambiental. Em junho deste ano, Appa e Ibama estabeleceram um cronograma para a produção de relatórios que possibilitem o licenciamento. Após a liberação do Ibama, a Appa irá lançar dois editais de dragagem - um para Antonina e outro para Paranaguá. Segundo a administração dos portos, a divisão é necessária por causa da diferença nos processos técnicos utilizados para as duas dragagens. (Gazeta do Povo)