Preço do frete cai até 30% e beneficia as exportações

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A combinação da maior oferta de navios com o crescimento das importações e a desaceleração das exportações já reduziu os preços dos fretes marítimos entre o Brasil e os principais destinos, como Estados Unidos e Europa. Dependendo da rota e do tipo de mercadoria, a queda pode chegar a 30%. Segundo as companhias operadoras de transporte, essa tendência deve continuar até o fim de 2007. O diretor da Allink, André Gobersztejn, estima que os preços devem cair mais 15% até o fim do ano. O barateamento do frete tem beneficiado os exportadores. Segundo Waldir Cardoso, gerente de logística corporativa da Eliane, uma das maiores indústrias cerâmicas do país, os fretes com saída dos portos catarinenses declinaram entre 20% e 30% quando comparados com 2004, tanto para a Europa quanto para os Estados Unidos. "Essa queda é fundamental para recompor as margens nas exportações. Mas só com ela não é possível recompor tudo", diz.

Custos - A Kavo, indústria de equipamentos odontológicos, ainda não viu a redução de preços, mas diz que há uma sinalização do mercado nesse sentido. E os ganhos indiretos já aparecem. Uma entrega para o México, por exemplo, que demorava 45 dias, passou a ser feita em 35 dias. Já a Eliane consegue entregar suas mercadorias nos Estados Unidos em, no máximo, 20 dias. No auge do período exportador, os clientes chegavam a esperar 50 dias, por causa da falta de contêineres e de navios. Na outra ponta, armadores e operadores logísticos reclamam de perda de receita. Julian Thomas, diretor-superintendente da Aliança Hamburg Süd, um dos maiores armadores que atuam no país, diz que há excesso de espaço na maior parte das rotas. "Neste momento, todo mundo está olhando onde pode cortar custos". (Valor Econômico).

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