PROJEÇÃO I: 'Brasil pode crescer 4% em 2012, com inflação na meta'

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O Brasil tem condições de encerrar 2012 com um crescimento na casa de 4% e uma inflação próxima do centro da meta perseguida pelo Banco Central, de 4,5%, diz o economista Yoshiaki Nakano, diretor da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Ele traça um quadro otimista para a economia brasileira, a despeito da forte desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre e do cenário externo complicado.

Recuperação - "A minha percepção é de que já batemos no fundo do poço no terceiro trimestre", diz Nakano. Para ele, há uma série de fatores que vão fazer com que a economia inicie um processo de recuperação, entre os quais estão: os juros mais baixos, a inflação em queda, que vai ajudar a preservar o poder de compra dos salários, o gordo aumento do salário mínimo e a política fiscal mais expansionista do que neste ano.

Estoques e câmbio - Além disso, a indústria deve virar o ano com os estoques ajustados, contando também com um câmbio menos apreciado. Para completar, os estímulos fiscais anunciados recentemente, como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para eletrodomésticos da linha branca, também devem ajudar um pouco, embora Nakano veja com reserva a adoção dessas medidas, preferindo que o estímulo seja feito por reduções mais fortes dos juros.

Avanços - Ex-secretário da Fazenda paulista, Nakano faz elogios à orientação da política econômica no governo Dilma Rousseff. Vê avanços nas políticas monetária, fiscal e cambial, embora alguns "problemas fundamentais" ainda não tenham sido enfrentados, como o fato de o Banco Central remunerar operações de curto prazo pela mesma taxa dos títulos públicos e não haver um programa de redução, ao longo dos próximos anos, dos gastos correntes como proporção do PIB.

Clique aqui para conferir os principais pontos da entrevista concedida por Nakano ao Valor Econômico.

(Valor Econômico)

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