PROPOSTAS PARA O ENDIVIDAMENTO AGRÍCOLA

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O presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski participou ontem (23), de uma reunião com integrantes da Comissão de Agricultura da Câmara para discutir o problema do endividamento agrícola, que tem inviabilizado a produção rural. O encontro reuniu cerca de 400 pessoas entre presidentes de cooperativas, lideranças, agricultores e entidades, no Centro de Tradições Gaúchas em Guarapuava e contou com a participação do presidente e do vice-presidente da Comissão de Agricultura e Política Rural, respectivamente deputados Luiz Carlos Heinze e Moacir Micheletto. A idéia foi ouvir as reivindicações dos produtores e discutir com eles as propostas em estudo pela comissão. Micheletto também representou, na ocasião, os deputados Dilceu Sperafico e Abelardo Lupion, que não puderam participar. O principal motivo de queixa dos produtores são as altas taxas de juros cobradas nos financiamentos e os indexadores utilizados para o pagamento da dívida. "A agricultura não quer mais pegar dinheiro com TJLP ou outros índices variáveis; quer juros fixos. Essa é a grande reivindicação", afirmou Micheletto. Os produtores também reivindicam prazos mais flexíveis para o pagamento das dívidas agrícolas.

Propostas - Segundo João Paulo Koslovski, a reunião foi bastante produtiva e a proposta apresentada à comissão tem por base alguns pontos fundamentais: reduzir encargos com juros pré-fixados, sem indexação; prazos mais flexíveis; bônus para aqueles produtores que tiverem com os pagamentos em dia. ?É importante que as cooperativas nos enviem sugestões para serem inseridas na proposta que deverá ser encaminhada para o governo e a Febraban e assim se transforme em um projeto de lei?, afirma. Além de lideranças da região, participaram desta reunião o presidente do Sindicato Rural de Guarapuava (anfitrião), José Mattos de Leão Neto, o prefeito Vítor Hugo Burko e o diretor geral da Seab, Norberto Ortigara, que representou o secretário. A Comissão também pretende discutir o endividamento agrícola em outros estados, como Goiás e Mato Grosso.

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