Proprietário promete brigar por indenização
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O proprietário da fazenda Cachoeira, André Cristiano Carioba, vive dias de expectativa desde que sua propriedade foi considerada foco de febre aftosa. Alimentando animais praticamente fadados ao sacrifício, ele garante que vai brigar pela indenização dos prejuízos. ''Só quero saber quem vai pagar a conta. E quando isso vai acontecer'', questionou. Algumas áreas analisadas pelos técnicos do IAP e da Sudersha para possível enterro dos animais ficam próximas a lavouras de milho. ''O milho está quase pronto para a silagem. Se tiver que erradicar lavouras, vamos exigir indenização'', adiantou ele, que só tem comida para alimentar o gado por mais cinco dias. ''Não queremos dificultar o trabalho de ninguém, mas temos muita expectativa de que essa situação se resolva o mais rápido possível.'' O chefe do núcleo da Seab em Cornélio Procópio, Roberto Moreira, revelou que o valor da indenização será informado no mesmo dia em que sair a decisão sobre a necessidade de abate. A quantia será definida após avaliação técnica.
Saudáveis - Carioba não acredita que seus animais tenham a doença. ''Temos bezerros que não foram vacinados e estão saudáveis. Se houvesse aftosa, esses animais estariam doentes'', disse. Para o pecuarista, o sacrifício do gado da Cachoeira será uma decisão acima de tudo política. ''O Ministério da Agricultura precisa apresentar algum fato aos organismos internacionais'', avaliou. Segundo ele, a Cacheira foi ''escolhida'' por ter boa estrutura e manter apenas animais para engorda, que não são puros de origem (PO), o que traria mais prejuízos.
Sacrifício - Se o sacrifício for realmente determinado, Carioba acredita que o chamado abate sanitário, em frigorífico, seria mais indicado. ''Mas não sei se isso é permitido pelos organismos internacionais'', ponderou. Na propriedade, ele afirmou haver duas formas de abate. Uma seria a utilização de pistola hidráulica no curral, com disparo individual em cada animal. Outra maneira seria o sacrifício a tiros, no pasto, após encurralar os animais. Moreira, da Seab, informou que a decisão sobre a forma de abate será tomada apenas na reunião do dia 11 de janeiro. (Folha de Londrina)