Receita da agricultura cairá R$ 17 bi este ano

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A queda da safra agrícola, que este ano ficará em 112 milhões de toneladas contra os 132 milhões previstos, vai representar uma perda de R$ 17 bilhões em relação ao faturamento obtido em 2004. O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, disse que em 2006 a safra deverá ficar em torno de 120 milhões de toneladas, que, apesar de um pouco superior à deste ano, ficará bem abaixo dos 132 milhões estimados para 2005. “É um volume muito abaixo do potencial brasileiro e a menor safra dos últimos anos sob condições normais de clima”, afirmou o ministro. Entre as principais causas para a redução da safra estão a seca no Sul do país e alta dos custos de produção, ao mesmo tempo em que os preços internacionais dos grãos caíram devido ao aumento da oferta, principalmente de arroz, milho, trigo, soja e algodão. Segundo Rodrigues, o câmbio também afetou o setor: os custos subiram, os preços caíram, a dívida dos produtores rurais aumentou e a queda da produção por causa da seca resultaram nessa redução da safra.

Previsão - O ministro explicou que em 2006 a área plantada deverá diminuir em torno de 5%. Além disso, deve haver uma queda no padrão tecnológico, devido ao menor uso de insumos agrícolas como calcário, fertilizantes e sementes certificadas. Rodrigues disse que, se as condições do clima forem normais, a produtividade não deverá ser afetada no ano que vem. Em relação à febre aftosa, o ministro disse acreditar que antes do prazo de seis meses contados a partir de sua identificação, ou seja, março de 2006, o Brasil conseguirá suspender o embargo da carne bovina decretado pelos países importadores. Para o fim do embargo será fundamental, segundo Rodrigues, o resultado dos novos exames que estão sendo feitos no Paraná, onde há suspeita de outro foco. O resultado sai semana que vem.

Acordo com Paraguai - A partir de dezembro, o Brasil poderá contar com o Paraguai para controlar a circulação de animais portadores do vírus da febre aftosa. Pelo acordo, os rebanhos bovino, suíno, caprino, ovino e bubalino serão cadastrados em todas as propriedades rurais situadas a 25 quilômetros de distância da fronteira Brasil-Paraguai, dos dois lados. “As ações serão implementadas até março de 2006. Depois, vamos mantê-las, fazendo a vacinação anual e atualizando os dados” disse o secretário de Defesa Agropecuária, Gabriel Alves Maciel, acrescentando que também será feito um convênio com a Bolívia. (O Globo)

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